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Imparidade e Valor em Contabilidade

20/06/2006 00:00

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Imparidade e Valor em Contabilidade

Entre as expressões do valor, como medidas de fatos em Contabilidade e as realidades dos acontecimentos patrimoniais podem ocorrer diferenças.
O recomendável, todavia, é que se evite tal discrepância.
Aproximar as demonstrações contábeis, ao máximo, da verdadeira evidência dos componentes do patrimônio ou do rédito é meta a ser colimada.
Ocorre a denominada "imparidade" quando se efetiva a discrepância entre o verdadeiro e o avaliado.
Embora não exista "valor monetário absoluto", como afirmou, dentre outros, há quase um século Gino Zappa, em razão da debilidade da medida que utilizamos para os fatos patrimoniais, é, todavia, preciso buscar a aproximação possível.
O maior dos problemas ocorre todas as vezes que são feitos cálculos sobre o futuro.
Assim, por exemplo, provisões, reservas, aviamento, são, dentre alguns os fatos que mais se expõe aos erros por "imparidade".
Calcular valor para expressar ocorrência posterior é fato que pode envolver apreciável margem de risco.
Essa a razão que distingue as denominadas "provisões" em "efetivas" e "prováveis".
As "efetivas" são as que se baseiam em acontecimentos "certos", como por exemplo, a provisão feita para cobrir imposto a pagar.
As "prováveis" são as derivadas de aproximações de valor, como, por exemplo, a que se faz para cobrir um gasto cujo valor ainda não se pode determinar com certeza absoluta, como uma campanha promocional, por exemplo.
Tais valores o ilustre cientista Vincenzo Masi preferiu denominar de "Fundos" porque envolvem incertezas, embora exista a provisão de recursos para que sejam cobertos.
Assim, por exemplo, o que se calcula sobre créditos duvidosos seria um "Fundo para Créditos Duvidosos" e não uma "provisão", segundo o emérito cientista referido.
O problema conceitual é relevante e preocupa nossos estudiosos há séculos, mas, estamos vivendo uma fase deveras difícil nesse particular.
A imposição dos modelos norte-americanos, como se fossem verdades absolutas tem levado a tradução de má qualidade, e, nesse caso, duplamente perdemos: primeiro porque os modelos são falhos e segundo porque se usa mal o nosso idioma.

Antônio Lopes de Sá

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