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Calcular o honorário sem muita análise é eficaz?

Na maioria das atividades econômicas existem atalhos que permitem definir o preço de venda sem fazer muitas contas. Multiplicar o custo por dois, utilizar um valor de referencia etc. Até onde isto é salutar?

08/04/2014 13:45:04

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Calcular o honorário sem muita análise é eficaz?

Desenvolver atalhos para executar tarefas de forma mais rápida sempre foi um alvo perseguido por todos, mas nem sempre é a melhor alternativa nas diferentes atividades. Antes de criar um atalho é necessário primeiramente conhecer o funcionamento completo da rotina.

O famoso “Ctrl e Ctrl V” é uma função utilizada por milhões de pessoas no mundo todo, mas isto é fácil de ser compreendido por quem domina a linguagem da telinha dos computadores. As pessoas fora deste mundo desconhecem os motivos deste atalho.

Na precificação dos serviços ou produtos não é diferente. Vejamos alguns atalhos aplicados pelas diversas profissões:

 

  • Pedreiro (mestre de obra): Define o preço com base no metro quadrado da construção. Se a lajota for deitada o valor é um pouco maior;

 

  • Advogado: Se for uma ação trabalhista pratica-se um salário mínimo por ato. Nas ações que envolvem a recuperação de tributos geralmente cobra-se 20% a 30% do benefício conquistado.

 

  • Engenheiro: Para fazer projetos o valor é com base na metragem quadrada da área a ser construída. Nem sempre sabem como e nem quem chegou à conclusão do valor praticado por metro quadrado.

 

  • Eletricista: Um determinado valor por número de pontos de energia, telefone e internet.

 

  • Copiadora: Valor por cópia, independente da quantidade de tinta a ser consumida. Quando a cópia é colorida o valor é maior.

 

  • Salão de beleza: O preço do corte do cabelo masculino é basicamente um só, independente da quantidade de cabelo e do tempo gasto. Os cortes femininos, tintura e escovação têm preços que basicamente acompanham a concorrência.

 

  • Imobiliária: Para administrar o recebimento das locações de imóveis de terceiros pratica-se geralmente 10% do valor do aluguel.

 

  • Contador: De acordo com o número de funcionários, volume de notas fiscais, regime tributário e o valor do faturamento, alguns precificam com base em tabelas propostas por sindicatos.

Muitos outros exemplos poderiam ser citados para ilustrar os métodos estabelecidos para precificar os serviços. Nossa intenção aqui não é criticar ou desvalorizar este ou aquele método, mas propor reflexão sobre a eficácia. Sabemos que o consumidor deseja o valor que lhe permita fazer comparações com os demais fornecedores.

Objetivamos demonstrar que antes de aderir a uma forma, aparentemente mágica, de calcular o preço é necessário fazer contas que permitam saber se há lucratividade. Estas contas devem ser revistas periodicamente.

Você adota algum atalho para precificar? Ele é confiável? Gera lucratividade? Você já testou a eficácia? Lembre-se: o atalho para definir o valor do honorário justo sem muito esforço deve preceder de metodologia segura.

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