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A importância do equilíbrio financeiro na economia doméstica.

A administração da saúde financeira de uma família é tão importante quanto a de qualquer empresa.

28/07/2014 08:05

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A importância do equilíbrio financeiro na economia doméstica.

A administração da saúde financeira de uma família é tão importante quanto a de qualquer empresa. Para Krugman e Wells (2009), o estudo da microeconomia[1] valida a tese defendida por Adam Smith[2] de que cada indivíduo, ao buscar seus interesses econômicos pessoais, contribui para a promoção dos interesses de toda a sociedade em que está inserido.

Dessa forma se pode vislumbrar de forma um pouco mais especifica a importância que o planejamento financeiro adquire dentro do contexto familiar, contribuindo decisivamente para manter a saúde financeira e garantir o poder de compra dos indivíduos.

No Brasil, para sermos um pouco mais específicos, diversas pesquisas recentes apontam um crescente desequilíbrio nas contas familiares, ocasionado principalmente pelo endividamento. Nos últimos anos, para fugir aos efeitos nefastos da crise financeira internacional, foram lançadas uma série de iniciativas econômicas com o objetivo de manter a economia em movimento e competitiva. Uma das principais iniciativas foi a diminuição das taxas de juros, o que aqueceu o mercado de crédito, e a redução das alíquotas do IPI aplicadas aos eletrodomésticos e automóveis, o que alavancou as relações comerciais.

Contudo, essas iniciativas não foram tratadas, por muitas famílias, com a devida cautela, o que acabou levando o endividamento excessivo a muitos lares brasileiros, e em alguns casos até mesmo à inadimplência.

Feitas essas considerações podemos debruçar um pouco mais sobre a necessidade de despertar nas famílias uma cultura marcada pelo comedimento no consumo e que busque o equilíbrio entre receitas e despesas. Uma ferramenta, muito conhecida e aplicada, são as planilhas de controle, que permitem ao usuário traçar um padrão de entradas e saída, e dessa forma visualizar um cenário.

Porém, somente a análise de dados não é suficiente para se equilibrar um orçamento, mas a partir destes se devem estratégias que comtemplem, entre outras coisas, a identificação das principais unidades geradoras e consumidoras de recursos.

Dentro de uma unidade familiar, considerando as variações que podem ocorrer, poderiam ser apontadas como unidades geradoras de recursos os seguintes: salários e outros proventos, renda de aluguéis, rendimentos de aplicações financeiras e de eventuais alienações de bens. Já as unidades consumidoras de recursos poderiam ser elencadas na seguinte conformidade: alimentação, despesas com consumo de água e luz, telefonia e internet, saúde, educação, aluguel ou financiamento imobiliário, entre outras.

Como se pode ver as unidades consumidoras de recursos, conhecidas como despesas, tendem a ser em maior número que as unidades geradoras de recursos, denominadas de receitas. O desafio é alcançar, no melhor dos casos, o ponto de equilíbrio contábil, no qual ao final de um determinado período o saldo entre receita e despesa igual a zero, ou seja, não ocorre sobra de recursos mas também não há a falta deste.

Para se atingir esse objetivo são necessárias adaptações os hábitos de consumo de todos os indivíduos que compõem a unidade familiar, de forma a garantir uma equidade de tratamento. O ideal é que sejam traçados, em conjunto por todos os envolvidos, estratégias de curto e longo prazo, como a substituição dos juros do cheque especial pelo de um empréstimo consignando, por exemplo, ou a diminuição nos jantares em restaurantes nos finais de semana. É indispensável o comprometimento de todos os membros da família nesse processo de adequação financeira.

Uma vez atingido esse equilíbrio é necessário que as estratégias utilizadas em sua busca sejam mantidas, a fim de que este possa se manter.

 

Bibliografia

KRUGMAN, P. R.; WELLS, R. Economic. New York: Worth Publishers, 2009.



[1] Microeconomia é o ramo da Ciência Econômica que estuda o impacto das escolhas e comportamentos individuais. (N do A).

[2] Adam Smith (1723 – 1790) é o Pai da Economia Moderna. (N do A).

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