No primeiro debate dos presidenciáveis que ocorreu na Rede Bandeirantes na ultima terça-feira (26/08), dentre acusações, propostas e desonestidades intelectuais, sempre geradas pelas respectivas assessorias, teve um tema do nosso interesse tratado com grande leviandade.
Estamos falando aqui sobre a reforma tributária. Sempre citado diante das promessas de crescimento e austeridade econômica, não foi apresentado nenhum projeto, ou parte desse que sinalizasse uma reforma. Muitos pontos importantes não foram amplamente discutidos, tal qual:
- A complexidade do sistema brasileiro. Torná-lo mais simples;
- Melhor controle das contas públicas. Não gastar acima do que arrecada;
- Participação da Sociedade na aplicação dos recursos arrecadados. Prestação de contas à população;
- Benefícios Fiscais serem mais abrangentes. Não beneficiar apenas determinados setores. Caso necessário, haja justificativa para tal;
- Incentivo aos bons pagadores. Hoje, temos incentivo aos que não pagam em dia (os motivos são os mais diversos), através de reduções de multas e juros em parcelamentos;
- Redução da carga tributária, através de diminuição de percentuais dos tributos e contribuições existentes, sem que com isso, sejam criados outros tributos e contribuições.
E esse é um dos maiores problemas para o eleitor, que pra escolher um dos candidatos precisa saber o “modus operandi” da implementação de uma nova ordem tributária. Afinal, a promessa de um sistema mais simples gera apenas expectativas vazias. Porém, difícil é apresentar um projeto sério e constituído de conteúdo, demonstrando como isso será feito, e como serão superadas as diversas adversidades que impedem uma reforma (já expostos aqui https://www.contabeis.com.br/artigos/1958/o-que-impede-a-reforma-tributaria/).
Porém, esse foi apenas o primeiro debate. E, apesar de saber quem são os candidatos (por nome), parece que não os conhecemos. Pautados por uma esperança obscura, seguimos em frente, buscando achar um ponto positivo no candidato com menos pontos negativos.