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Gestão de Riscos e Ética nos Negócios

16/01/2007 00:00:00

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Gestão de Riscos e Ética nos Negócios

Nos últimos anos vem crescendo muito o uso do gerenciamento de projetos como uma maneira para as organizações industriais, comerciais e governamentais atingirem seus objetivos. A filiação a várias associações internacionais de gerenciamento de projetos vem crescendo exponencialmente; programas de pós-graduação nessa área surgem por toda parte. Contudo, para garantir o sucesso dos projetos - entregar dentro do prazo e

A causa de tantos fracassos é que os projetos, em especial os de grande escala, são empreendimentos arriscados, por definição. Saber lidar com os riscos é um fator decisivo para o sucesso ou fracasso do projeto.

Não é possível eliminar os riscos por completo, mas podemos nos esforçar para reduzir a probabilidade de que os riscos se concretizem, ou amenizar seu impacto. O objetivo do gerenciamento de risco de projetos é identificar os riscos principais, avaliar a severidade de cada um e administrar esses riscos.

O primeiro estágio - identificar os riscos - é responsabilidade de cada participante do projeto, desde os executivos seniores até os membros da equipe, o pessoal de vendas e demais interessados diretos.

Ao identificar os riscos elimina-se o fator surpresa, aumentando assim a efetividade e a eficiência ao tratar das conseqüências. Entre as ferramentas úteis para a identificação de riscos estão às sessões de brainstorming, as check lists do setor e a análise cuidadosa das suposições básicas que nortearam o planejamento inicial. O resultado é um registro de riscos, que contém uma descrição detalhada de todos os riscos identificados.

Na fase da avaliação, os riscos identificados na maioria dos projetos, os riscos são tão numerosos que não é possível tratar de todos com o mesmo rigor. O propósito da avaliação é priorizá-los. Uma estrutura chamada matriz de probabilidade de impacto fornece uma orientação para os esforços, distinguindo entre riscos extremos, elevados, médios e baixos. O resultado é um registro de riscos priorizado. A avaliação de riscos precisa ser feita para três principais dimensões dos riscos em projetos: escopo (qualidade), prazos e recursos (orçamento).

Na fase de gerenciamento dos riscos, implantam-se medidas para evitar ou amenizar os riscos. Entre elas se incluem os planos de contingência, as idéias para evitar os riscos, as medidas para amenizar os riscos, a transferência dos riscos e a aceitação dos riscos.

Os planos de contingência não atacam um risco diretamente, mas fornecem planos prontos para serem implementados para amenizar os riscos, caso ocorram. É um exercício muito útil, já que, segundo uma regra prática geralmente aceita, solucionar um problema depois que ele ocorre é dez vezes mais caro do que desenvolver um plano emergencial com antecedência.

Evitar os riscos implica assumir uma via de ação totalmente diferente, que não apresenta o mesmo nível de risco.

A matriz de probabilidade de impacto também ajuda a compreender como lidar com os diferentes riscos. Os riscos identificados no quadrante ao alto à direita são eventos com alta probabilidade de ocorrer e com forte impacto, o que significa que devem ser incorporados ao plano desde o início.

O gerenciamento de risco de projetos é uma ferramenta essencial para evitar numerosas incertezas e riscos que afetam o sucesso de um projeto. Há vários métodos e ferramentas disponíveis capazes de auxiliar no processo de identificar, avaliar e administrar os riscos de um projeto. Tais ferramentas incluem as matrizes de probabilidade e de impacto, os registros de risco, análises de cenários, análises de sensibilidade, simulações, índices de criticalidade e de crucialidade e prazos suplementares.

Uma das formas de minimizarmos vulnerabilidades são as metodologias de gestão aplicadas no ambiente corporativo, associadas às ferramentas sistêmicas que dimensionam, medem e avaliam não só o grau de risco existente mas o quanto está sendo feito para blindar a empresa contra os ataques e fraudes.

Medir o índice de ética e da governança no ambiente corporativo através de questionários aplicados em todos os níveis da empresa, comitês de riscos integrando as áreas de auditoria, controladoria, gestão de riscos e principalmente a elaboração de um código de ética, seriam algumas das formas de minimização dos riscos envolvidos e conseqüentemente fortalecimento do ambiente de controle.

Douglas Bastos Rodrigues
MBA - Contador, Administrador de Empresas, Especialista em Gestão de Riscos Corporativos, Auditoria e Controles Internos..

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