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Perfeccionismo: Este Mal Ainda Pode Acabar com Você

Diz um ditado que o perfeito é inimigo do ótimo. É uma frase sem sentido para o perfeccionista, que procura sempre a perfeição em tudo. Ele é mestre em envolver-se com detalhes, muitos dos quais de pouca importância, mas que exigem tempo e trabalho.

21/09/2015 16:27

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Perfeccionismo: Este Mal Ainda Pode Acabar com Você

Perfecccionista: “Aquele que se incomoda em complicar o descomplicado, e em dificultar o que é simples”.

Diz um ditado que o perfeito é inimigo do ótimo. É uma frase sem sentido para o perfeccionista, que procura sempre a perfeição em tudo. Eternamente exigente consigo mesmo e com os outros, não consegue perceber que a perfeição é desejável, mas raramente necessária. É mestre em envolver-se com detalhes, muitos dos quais, de pouca importância; é capaz de ver um grão de pó numa xícara, e não notar um elefante caminhando ao seu lado, por estar excessivamente concentrado em limpar o minúsculo pó do utensílio.

Claro que um certo grau de perfeccionismo não só é desejável como necessário, para não cair no extremo oposto do relaxamento negligente. Entretanto, é preciso bom senso e autodisciplina para não ultrapassar os limites da coerência. O perfeccionista é reconhecido por seu comportamento de busca compulsiva pela perfeição a todo instante e a qualquer custo, mesmo que isto signifique trazer problemas e dificuldades  aos que estão a sua volta.

Se você:

- Acha que o seu modo de trabalhar é sempre o melhor jeito de fazer as coisas.

- Controla cada detalhe do seu departamento ou setor.

- Examina detalhadamente cada item antes de liberar o trabalho.

- Tem coisas que só você, e ninguém mais, sabe fazer em seu setor.

- É sempre muito exigente com os outros e com você mesmo.

- Faz questão de que tudo saia sempre na máxima perfeição.

- Revê sistematicamente o trabalho de seus subordinados ou colegas para ter certeza de que nada saia errado.

- Implica com coisas mínimas porque saíram de modo diferente do que você queria.

- Dedica muito tempo a corrigir falhas de pouca importância.

Se você respondeu SIM a duas ou mais das situações acima, então você é um perfeccionista convicto, receita garantida de improdutividade, demoras, atrasos, retrabalho constante e muita (muita mesmo) irritação - sua e de quem convive com você -, seja no trabalho ou em casa.

Além do mais, se você é exigente e complicado nas pequenas coisas provavelmente também tem um comportamento complicado em todas as outras. Se for assim, é candidato a ganhar a medalha de latão, pois além de perfeccionista é, provavelmente, pouco produtivo.

Dicas para livrar-se ou, pelo menos, diminuir o perfeccionismo

- Em vez da perfeição, contente-se com o ótimo, e às vezes, até mesmo o bom já é suficiente.

- Não perca tempo corrigindo falhas sem importância, ou que sejam insignificantes no contexto geral.

- Policie-se para não ficar “pegando no pé” dos outros por coisas sem importância.

- Reconheça que nem todos tem o seu padrão de exigência e perfeccionismo, e não os cobre por isso.

- Aceite trabalhos e tarefas dos outros que estejam no nível bom, dentro dos

padrões requeridos pela empresa, mesmo que não estejam dentro do seu alto padrão de exigência.                                                                                                                                                   

- Permita com que as pessoas executem tarefas e atividades do seu próprio jeito (não precisa ser sempre da sua maneira), desde que atinjam os mesmos resultados em termos de quantidade, qualidade, prazos etc.

- Procure ser mais flexível e tolerante com eventuais erros seus e dos outros no trabalho e, em vez de irritar-se, corrija rapidamente a falha sem fazer disso um drama.

- Aceite as diferenças de estilo e de ritmo de trabalho seus, e os das demais pessoas com quem você convive ou trabalha. 

- Procure ter senso de proporção, e trabalhe com rapidez sempre em cima das prioridades estabelecidas.

- Policie-se para não se deixar levar por detalhes e pormenores irrelevantes que tomam tempo e pouco pesam no contexto geral.                                                         

Lembre-se, a busca da perfeição custa tempo, dinheiro e esforço (com muito retrabalho) que não compensam, pois o custo-benefício quase nunca justifica tanto empenho.  Aprenda a contentar-se com o bom, na maioria dos casos.                                                                                                                       

Aquilo em que você focaliza sua atenção tenderá a expandir-se. Focalize nas picuinhas e pormenores e terá mais disso. Focalize sua atenção nas soluções e procedimentos eficazes e terá mais disso, isto é, seu trabalho se expandirá cada vez mais, e de forma produtiva.

Texto extraído e condensado do livro “Quem Roubou o meu Tempo? de Ernesto Artur Berg, Juruá Editora. Para maiores detalhes sobre o livro acesse www.quebrandobarreiras.com.br seção de LIVROS.

Ernesto Berg

Consultor de empresas, palestrante, articulista, autor de 14 livros, especialista em desenvolvimento organizacional, negociação, gestão do tempo, criatividade na tomada de decisão,administração de conflitos.  Graduado em Administração e Sociologia, Pós-graduado em Administração pela FVG de Brasília. Foi executivo do Serpro em Curitiba e Brasília por 10 anos e Consultor Senior da Alexander Produfoot Company de São Paulo. É sócio-proprietário da Berg & Cia. empresa voltada para treinamento e desenvolvimento de recursos humanos.

Editor do site www.quebrandobarreiras.com.br  voltado para a área de recursos humanos, administração e negócios.

Email: [email protected]  

 

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