Entretanto esta disputa esta fundamentada no conceito de que preço menos custo será igual à margem, este fato foi tomado apenas como um exemplo simbólico é claro que outras diversas variáveis afetam e devem ser acrescidas ao mesmo, entretanto no exemplo percebe se que para aumentar à margem cabe ao fornecedor buscar novas metodologias para redução de custo já que repasses nos preços podem ser mal interpretados pelos consumidores e fortalecer os concorrentes. Dentre esta busca pela redução de custo, novas metodologias surgem a fim de corrigir problemas de suas antecessoras e dentro deste surgimento se destaca o Custeio Baseado em Atividade ou ABC (Activity Based Costing).
Alguns autores da contabilidade de custo afirmam que o custo baseado em atividade tenha surgido por volta de 1800, entretanto sua fama só iniciou após algumas publicações do CAM-I (Computer Aided Manufacturing - International ou Consortium for Advanced Manufacturing - International), que era uma organização formada por várias entidades, universidades e empresas a fim de resolver os problemas oriundos das adoções de novas tecnologias nas empresas, no Brasil algumas das primeiras publicações que tratam do assunto são do Prof. Masayuki Nakagawa e também do Prof. Antonio César Bornia, o custo baseado em atividade em suma trata-se de relacionar os produtos ou mercadorias com todas as atividades funcionais que ocorrem na empresa este relacionamento ocorre por meio dos direcionadores de custo que podem ser compreendidos como a mensuração de todas as atividades que ocorrem dentro da organização.
Este sistema de custeio se difere do sistema tradicional ou sistema baseado em volume principalmente pelo aspecto de se adequar às manufaturadoras que apresentam produtos e desenhos diversificados e identificar de que forma estas diferenças ou heterogeneidade consomem os recursos disponíveis ao contrario do sistema tradicional onde a manufatura esta voltada para a produção em massa (homogeneidade dos produtos), a fim de maximizar a produtividade e reduzir o custo fixo alocado à unidade produzida, além de estar voltado para finalidades fiscais e societárias. Em um cenário de forte concorrência a empresa que orienta a sua política de preços pelo sistema tradicional de custo estaria sujeita a erros com conseqüências muito significativas em seu desempenho financeiro/econômico, este erro pode ficar mais intensificado caso a organização esteja envolvida com uma grande gama de produtos.
Os principais resultantes da adoção Custeio Baseado em Atividade são as identificações e eliminação das atividades que não agregam valor aos produtos ou mercadorias, ou seja, apontar os desperdícios. Este fato visto pela ótica do consumidor, seriam as atividades de apoio, como exemplo uma atividade de estocar e contar produtos ou mercadorias do estoque pode ser caracterizado como desperdício já que não agrega nenhum valor ao produto, entretanto para o fornecedor em muitas situações é necessária e deve ser feita de forma racional (utilizando, por exemplo, sistemas de informação, processos de logística ou técnica para redução de estoque como o JIT ou Just in Time), outro resultante da aplicação do sistema de Custeio Baseado em Atividade é as próprias informações de custos sobres os produtos ou mercadorias que além de mensurar com mais propriedade os recursos consumidos servem como parâmetros dos resultados obtidos pelo gerenciamento das informações com mais propriedades fornecidas sobre os custos. Esta capacidade que o sistema de Custeio Baseado em Atividade tem de proporcionar melhores informações gerências sobre os custos faz com que o mesmo transcenda de um simples método de custeio para produtos e mercadorias para a concepção de ferramenta estratégica de extrema importância dentro da gestão estratégica de custos.
Azenil STAVISKI
Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Londrina
Pós-graduado em Administração Financeira e Estratégica pela Faculdade de
Administração e Ciências Contábeis de Arapongas
Pós-graduado em Elaboração Gerência e Avaliação de Projetos Governamentais pela
Universidade Estadual de Londrina
Mestre em Teoria Econômica pela Universidade Estadual de Maringá
Professor na Faculdade Paranaense (Faccar)
Universidade Estadual de Londrina (UEL)
Pontifícia Universidade Católica do Paraná / Londrina (PUC PR/LONDRINA)
E-mail: [email protected]
Vinicius Amorim SOBREIRO
Graduado em Ciências Econômicas pelas Faculdades Integradas "Antônio Eufrásio de
Toledo" de Presidente Prudente
Pós-graduando em Engenharia de Produção (Pesquisa Operacional) pela Universidade
Estadual de Londrina
E-mail: [email protected]