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Quando os chefes se tornam líderes?

O líder é uma peça fundamental para o desenvolvimento das entidades,mas, o que fazer para termos mais líderes que chefes? Como melhorar a relação entre os colaboradores e gestão? Estas e outras informações serão elencadas neste artigo.

27/10/2016 09:14:46

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Quando os chefes se tornam líderes?

Amigo gestor, você tem um papel muito importante, principalmente no contexto em que nos encontramos. O ato de bem administrar, permite a otimização dos processos e a confiabilidade das ações praticadas pela empresa. Comandar uma organização não é tarefa fácil. Basicamente porque a organização é um emaranhado de pessoas e, como pessoas, todas possuem desejos, características e relações diferenciadas no ambiente. Então, deves buscar a harmonização destes conceitos que se diferem, e engajar a todos em prol do bem comum.

A eficiência da empresa e a satisfação dos envolvidos deve ser o grande objetivo e, conforme os preceitos da liderança, todos são parte de um bem maior, estão na mesma situação e devem seguir juntos rumo ao objetivo almejado. Engajar os funcionários em prol de um objetivo é o grande desafio do administrador moderno. Isso porque, ainda temos enraizada a ideia de servidão e sobreposição da classe que possui o domínio do capital pela classe trabalhadora. Mas, isso está mudando.

Assim como os funcionários, a sociedade também possui anseios que vão se modernizando conforme o tempo passa. A evolução requer melhores produtos, maiores controles e atos mais conscientes com a realidade em que vivemos. Por isso, o gestor também deve possuir um “olhar social” buscando adaptar seus produtos ou serviços às necessidades de seus consumidores aliando os processos aos ensejos de toda a equipe.

A interação com os funcionários nem sempre é uma tarefa simples. É necessário salientar como o trato com os indivíduos vem sofrendo modificações ao longo do tempo. As pessoas estão cada vez mais, conscientes de suas necessidades e são capazes de lutar por elas em prol de mudanças que podem significar melhor qualidade de vida, maior interação com os pares e satisfação com as tarefas desenvolvidas.

É vil não considerar as opiniões dos agentes de transformação no âmbito empresarial e, certamente, aquele que não as considera não obterá sucesso. Muitas mudanças ocorreram após diversos estudos na área e muitos comportamentos foram modificados. Conhecemos a diferença entre chefes e líderes, descobrimos o que pode ou não motivar as pessoas e que tais fatores, quase nunca, estão ligados ao retorno financeiro. Além disto, pensamos com mais profundidade qual o papel das organizações num mundo cada vez mais carente de atividades sustentáveis.

Neste sentido, é pertinente que as instituições de ensino “fabriquem” mais líderes, como tem feito, e menos chefes. Líderes, estes, que estarão prontos para desempenharem papéis importantes para o sucesso empresarial e poderão transformar a vida de seus colaboradores. É preciso empenho em compreender as diferenças entre as pessoas e o que cada um possui para contribuir com o bom desempenho da organização. Reconhecer as necessidades dos indivíduos fora da empresa, já se faz peça primordial para que o relacionamento melhore e que seja criado um ambiente de confiança e diálogo.

O termo “fabriquem” elencado acima, diz respeito à formação e não a fabricação propriamente dita de uma ideologia de vida rasa. Os debates sobre a interação entre líderes e equipe devem ser intensificados e as instituições devem se voltar para as novas práticas que norteiam nossas relações. A nossa interação já ultrapassa barreiras que, em tempos passados eram consideradas intransponíveis, por isso, a formação de gestores nos cursos de administração, ciências contábeis, economia ou gestão não podem se manter indiferentes.

Um chefe se torna líder quando ele aprende a ouvir valorizando a contribuição do outro em detrimento de seus anseios. Nossas necessidades podem estar atreladas à nossa forma de ver e viver a vida e as entidades podem contribuir para a satisfação destas necessidades, promovendo assim, a melhora contínua do trabalho desempenhado. É notável que a necessidade financeira exista, mas, não é fator norteador no processo decisório das pessoas. Um bom líder irá compreender que as pessoas se motivam mais com elogios e palavras ternas, que com comissões pomposas e promoções extraordinárias.

Mas, é errado dizer que todo administrador é líder. Sim, infelizmente. Os dois conceitos se relacionam, mas não podem ser considerados como sinônimos no ambiente corporativo. Existem duas formas de se conduzir o ambiente quais sejam: a forma autocrática e a forma democrática. Na forma autocrática, o gestor é guiado pelos conceitos existentes na administração cientifica onde o chefe dita as normas, diz o que fazer aos seus subordinados. Este sistema é fechado e não aceita a participação por meio da opinião de pessoas externas ao ato de liderar.

Diferente da autocracia, na democracia, o gestor se dispõe a ouvir seus colaboradores e promove a participação de todos em prol do bem comum que é a produtividade da empresa. A liderança é compartilhada. Por isso, costumamos dizer que os gestores que utilizam o sistema autocrático são chamados de chefes e os gestores considerados democráticos são chamados líderes. A diferença líder x chefe está na forma como o gestor, em sua posição, irá conduzir as relações. E você, é líder ou chefe?

A individualidade de cada um deve ser reconhecida em prol de transformar aquele colaborador e o incentivar a melhorar constantemente. Esperar durante anos por uma promoção não é tão motivador como um elogio por um serviço bem feito. É de suma importância que todos se sintam engajados nas tarefas que serão desempenhadas e se sintam livres para encontrar caminhos viáveis pensando na melhor opção para todos. Assim, os colaboradores podem se desenvolver sem o autoritarismo que os chefes costumam imputar a eles.

 

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