x
Uma nova IOB agora com Inteligência Artificial

Societário

A Ruptura que não acontece no Brasil, deságua num elo que mantém as correntes da Corrupção

O “Desembarque” na política recente como o ocorrido no governo Dilma pelo Líder do PMDB, é uma espécie de ruptura; pena, que não se refira em nada à ruptura de um modo de se fazer política. Esta sim é devida, e mudaria o curso das coisas!

18/07/2017 11:32

  • compartilhe no facebook
  • compartilhe no twitter
  • compartilhe no linkedin
  • compartilhe no whatsapp
A Ruptura que não acontece no Brasil, deságua num elo que mantém as correntes da Corrupção

Falei anteriormente sobre as conexões em rede que fortalecem a corrupção. Elas representam um elo que mantém o sistema político atual vivo, e que permite caminhos vários para se institucionalizar condutas ilícitas e arquitetadas em conjunto no Brasil, além de certas leis, que levam tal sistema adiante com força, com requintes de organização criminosa, e de grupos com interesses escusos e contrários a qualquer Democracia que se pretenda, sadia. Este desembarque ainda não ocorreu, pois não é aceitável embolsar em malas, mochilas ou contas em “Paraísos”, milhão de reais a toda hora, vindo de fontes empresariais ou sabe-se lá de quem, como se fossem trocados na mão de “Príncipes do Mal” que fariam suas “Feiras” de forma abastada: uma afronta ao pobre mais nobre que exista.

O chamado Desembarque é falado também agora em 2017, quando o PSDB ensaia e joga com a situação pleiteando sair do governo caso as coisas entortem de vez. Não se fala em quebrar as algemas que fazem os acordos maléficos ficarem de pé; o que se fala é abandonar um governo que foi descoberto nas suas ações desonestas e suspeitas, simplesmente a fim de livrar a pele, tirar da reta, e posar de éticos e defensores de uma política justa. Como assim não o fazem, simulam que o farão, e criam um clima de desvinculação dos que estão denunciados e talvez condenados, se juntando depois a um outro grupo seccionado tão comprometido com os crimes como o próprio, e cada qual com suas lideranças e subalternos, agindo em cadeia numa corrente de grupos conectados.

Falar em ruptura no nosso país, remonta à época da revolução de 1964, que, para falar um pouco, tentarei fazer um breve relato da sua essência. Sobre esta essência, cabe elucidar o que é por definição ruptura, segundo o dicionário UOL: s. f. 1. Ato ou efeito de romper (-se); rompimento. 2. Abertura, buraco, fenda, greta. 3. Corte; interrupção. 4. Rompimento de relações sociais. 5. Violação ou infração de um contrato ou de um acordo. 6. Med. Hérnia, quebradura. Posto isto, e vinculando à política o sentido 1 (um) e 3 (três) deste dicionário, a ruptura ocorrida a partir de 31-03-1964 efetivamente, condicionou o Brasil ao regime militar por um suposto Golpe de Estado, analisado hoje por especialistas como de perfil civil-militar, e que rompeu com a Democracia. A história é vasta em detalhes, e o presidente à época era o Sr. João Goulart, que foi interpretado pela Direita e pelos Militares como um adepto do Comunismo; um grande perigo para a elite social e poderosa da época.

Mas, o sentido de ruptura que se defende neste texto seria outro, a ruptura nas bases da política, uma nova corrente de grupos em rede disposta a estabelecer uma nova ordem de procedimentos, aquela que rejeitasse, por exemplo, acordos de compra e venda de apoio parlamentar, feita normalmente por oferta de cargos e postulados àqueles que viessem a apoiar o governo. Falcatruas e acordos mil, para trazer para si, sempre comprometendo todo o sistema, os outros “pretensos partidos” que, uma vez partidos, deveriam defender suas ideias e suas posições; da forma que é, só teremos uma política feita por interesses pessoais, não-ideológicos, que nunca será em prol do povo. Também ninguém fica representado se, uma legião de políticos das casas constituídas, cedem e embarcam nesta canoa furada de pessoalidades à toda prova. Esta ruptura para mim seria uma saída ideal, __ e certamente não prematura __, e que não depende de nós, e sim de todos os atores políticos.

Para tentarmos mudar as coisas, seria preciso isto: os partidos de oposição, muitos definidamente de esquerda, outros não, que fossem realmente fiéis às suas legendas em detrimento do mero poder, e que mantivessem propostas, consolidassem projetos, perpetuassem ideais, e se firmassem por estes, se assim os tiverem; caso contrário, que fossem de uma vez abolidos. Para acabarmos com o mar de lamas, além de correntes políticas com justas proposições, se faz necessário estabelecer uma ruptura de atitudes desonestas com a coisa pública, que por ser pública, pertence a todos, __ pertence e tem origem em nós __, população. Para que nos representassem de fato, os parlamentares que temos elegido pelo voto popular, precisariam estar consonantes com nós, e deveriam acabar com este modelo cancerígeno. Para chegarmos a um lugar comum, tudo começaria por aí: Ruptura, Decência e Ética.

Leia mais sobre

O artigo enviado pelo autor, devidamente assinado, não reflete, necessariamente, a opinião institucional do Portal Contábeis.
ÚLTIMAS NOTÍCIAS

ARTICULISTAS CONTÁBEIS

VER TODOS

O Portal Contábeis se isenta de quaisquer responsabilidades civis sobre eventuais discussões dos usuários ou visitantes deste site, nos termos da lei no 5.250/67 e artigos 927 e 931 ambos do novo código civil brasileiro.