O empreendedorismo no Brasil tem aumentado cada vez mais, e as mulheres lideram na criação de micro e pequenas empresas. Segundo o relatório da pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor) apresentado pelo Sebrae, o empreendedorismo por necessidade, quando o empreendedor não tem outra opção de renda a não ser a de criar seu próprio negócio para sustento de si e da família, no Brasil tem aumentado desde 2014 devido crise econômica.
Temos que a taxa de empreendedorismo inicial em 2016 é de 19,9% para as mulheres e 19,2% para os homens, e o percentual dos empreendedores iniciais se distribui em 51,5% para as mulheres e 48,5% para os homens, o que quer dizer que as mulheres brasileiras estão criando mais novos negócios que os homens, no entanto, enfrentam dificuldades de credibilidade e consequentemente tem mais dificuldade de conseguir créditos para investir em seus negócios, sejam eles através de financiamentos, empréstimos ou investidores. Este fato é revelado pela distribuição percentual dos empreendedores estabelecidos (mais de 42 meses) em que mostra a liderança pelos homens com 57,3% contra 42,7% para as mulheres.
Esta situação aponta a necessidade de investir em educação financeira para as mulheres, objetivando prepara-las para as elaborações de plano de negócios, relatórios financeiros e posicionamento no mercado financeiro, atraindo assim investidores e aumentando a credibilidade na liberação de empréstimos e financiamentos.
Ressalta-se que este cenário do empreendedorismo afeta diretamente o orçamento familiar, posto que as mulheres chefiam 4 de 10 famílias no Brasil, conforme levantamento do PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). Dessas, 41% são empreendedoras.
A pesquisa GEM traçou o perfil das empreendedoras, que apresentam em sua maioria faixa etária entre 25 e 34 anos, possuem renda familiar de aproximadamente dois salários mínimos, estão cursando o nível superior, 41,7% são casadas, ou seja, compõe o orçamento familiar e tem pele parda. Além disso, com relação as áreas de atuação, as mulheres que iniciam os novos negócios atuam principalmente com serviços domésticos, cabelereiros e serviços de beleza, vestuário e bufê, e as mulheres que já possuem o empreendimento estabelecido não tem um cenário muito diferente, apresentando as mesmas atuações e adicionam o comércio de cosméticos. Enquanto os homens lideram as áreas de construção, manutenção de veículos, instalações elétricas e obras de acabamento, ainda atuam na área de cabelereiro e tratamento de beleza.
Tendo em vista a crescente participação das mulheres no empreendedorismo, o Sebrae promove todos os anos o Prêmio Mulher de Negócios, que premia as vencedoras com curso de capacitação na área, objetivando estimular o desenvolvimento das novas empresárias.
