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Economia

O que fazer primeiro: poupar ou pagar?

Muitos empreendedores se perguntam como lidar com o equilíbrio entre pagar os compromissos e ter uma reserva, ainda mais sendo os responsáveis por tudo o que envolve o negócio. Aqui vão algumas dicas para melhorar esta relação.

17/10/2017 10:57:41

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O que fazer primeiro: poupar ou pagar?

Os pagamentos entram nas contas correntes e quase que se comparam a uma escala de aeroporto: passam o tempo suficiente para decolarem novamente. Ficam o tempo necessário para irem honrar os débitos e ficar com tudo em dia... por tudo isso não faltam comentários do tipo "vou melhorar minha reserva financeira quando sobrar algum dinheiro",  “assim que conseguir acertar a vida e sobrar uma folga faço um colchão de segurança”. O detalhe é que estas frases se repetem anos após anós. E o dinheiro, será que um dia sobra?

Deixando de lado loterias e outras alternativas incontroláveis, ninguém consegue fazer o dinheiro sobrar. E nunca ninguém conseguirá, porque dinheiro não sobra. Pense comigo: energia sobra?

Dinheiro é uma energia, porque está associado a valores que são atribuídos num contexto social e antropológico. O dinheiro em notas e moedas que circula numa sociedade não está mais lastreado em ouro, como era no passado, mas na informação, na produção e na geração de recursos. E muitas vezes mais associado ao intangível conceito de quanto eu considero o valor de algum serviço ou objeto. Portanto, ele não tem como sobrar, porque se houve um excedente ele será absorvido em alguma demanda que pode não existir neste momento, mas facilmente será criada. Já viu que, quando você tem dinheiro nas mãos ele parece que “evapora facilmente”?

A partir desta premissa – que o dinheiro não sobra e nunca irá sobrar – podemos responder com tranqüilidade que primeiro é preciso poupar e depois pagar.  

A frase acima não implica em ficar devendo, ou tornar-se inadimplente. As contas, dívidas e compromissos tem de ser pagos; entretanto, para que exista prosperidade é preciso poupar, guardar algum valor logo que o dinheiro tornar-se disponível em suas mãos, e depois ser usado para as contas e necessidades de seu cotidiano. 

Quem foi que produziu o dinheiro recebido, senão você mesmo? Nada mais justo do que ser pago primeiro, na forma de uma poupança que seja de 5% do valor total, pelo menos para começar. Se faltar dinheiro para as contas veja o que você pode fazer para gerar mais renda e assim quitar o débito existente. Vale repensar contas, criar novos segmentos dentro do seu negócio e até vender objetos obsoletos – para você, mas não para os outros – de modo que isso gere uma renda adicional.

Quem se contenta em completar a renda abusando da poupança nunca sairá do desequilíbrio financeiro. O poupar para investir é seu prêmio, por seu trabalho e conquistas. Deve ser usado sim, para algo relevante e que traga grande satisfação, desde a realização de um sonho até mesmo como um excelente investimento. Controle-se antes de sair usando suas reservas para completar a despesa, reduza custos, negocie prazos e faça dinheiro adicional para que sua prosperidade seja efetivada. Lembre-se que no momento atual as pessoas estão em condições melhores em termos financeiros e há muita gente ofertando oportunidades de trabalho que talvez você ainda não tenha percebido para aumentar sua renda.

No início pode ser um pouco difícil separar uma parte do seu dinheiro para poupar, mas faça, nem que sejam simbólicos cinco reais. Gradualmente você perceberá que é possível poupar os cinco reais todos os meses, desde que isso aconteça imediatamente após receber seu pagamento ou renda. Analise também sua lista de saídas, que são as despesas, os gastos. Veja no que é possível reduzir custos e procure poupar esta diferença, que mesmo pequena, é representativa em um horizonte de dois anos.

O importante é começar, lembrando que quem merece ser pago primeiro é você, na forma de pagamento pessoal na sua poupança, no seu investimento para que seu sentido de prosperidade possa se manifestar na sua vida.

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