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Escritórios contábeis na nova geração fiscal e tecnológica: O fim ou o fortalecimento?

A priori é importante pensar, que por mais absurdo que pareça, contador e escritórios contábeis são "entidades" diferentes. Sem muito capital, por motivos variados, e sem entender o valor real que um contador representa para uma empresa,

08/12/2017 08:50

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Escritórios contábeis na nova geração fiscal e tecnológica: O fim ou o fortalecimento?

A priori é importante pensar, que por mais absurdo que pareça, contador e escritórios contábeis são "entidades" diferentes.

Sem muito capital, por motivos variados, e sem entender o valor real que um contador representa para uma empresa o micro empresário contrata um escritório contábil por um preço ameno, isso claro, também passa entre outros motivos, por uma cultura de empresários criadas há muitos anos e pela desvalorização desse nicho de profissionais, como exemplo a concorrência desleal, como se fosse comum um prestador de serviços lucrar com giro e nao com a margem.

O escritório por sua vez, com um baixo faturamento per capita e um número elevado e complexo de obrigações acessorias mensais fiscais e pessoais que os micro empresário devem entregar e que geram multas elevadas, acabam por se limitar a fazer a parte fiscal e pessoal dessas empresas, executando apenas o b a ba na parte contábil, não conseguindo com isso relatórios e gráficos diversos, cálculos de indíces de desempenho e avaliação, balanços e demonstrações reais, que ajudariam esses empresarios em um controle gerencial para tomada de decisões. 

O principal serviço a ser prestado por um contador, a elaboração e principalmente a analise das demonstrações contábeis e financeiras são colocadas em descarte.

A figura de um contador vai muito além de processar uma folha de pagamento, transmitir uma gfip, emitir guias, arquivar documentos. O contador deveria funcionar, independente do nicho, como um sócio da empresa, prestando consultoria, gerando informações fidedignas e relevantes para tomada de decisões, contribuindo para o crescimento da empresa. Porem, esse luxo é adquirido apenas por grandes empresas e companhias.

Definido essa diferença vamos agora para o outro lado, o avanço fiscal no cruzamento de informações como os SPEDS, concomitante com o avanço da tecnologia.

Estamos chegando em um ponto, onde o fisco já tem todos os dados na mão, há de se chegar uma hora, acredito eu que em breve, onde o usuario ira entrar em um site e conseguir imprimir suas guias de impostos, sem a necessidade de prestar algum tipo de informação atraves de sistemas especificos, algo simples. O governo já tem em mãos suas entradas e saídas, até mesmo seu inventário.

Pelo lado pessoal, estamos na iminencia de viver uma nova mudança, a implantação do e-social, que nada mais é do que um sistema online, um site dizendo de maneira didatica, onde toda parte de folha, férias, rescisões, afastamento e geração de guias será feita. É acessivel a qualquer empresário.

Em paralelo a isso a geração de empresários que não sabiam e nem querem saber de mexer em computadores está sendo substituidas por pessoas cada vez mais incluidas digitalmente, pessoas essas que tem total condiçoes de entrar em um sistema web aliado a videos e manuais explicativos do google.

Será que essas novas mudanças, essa nova era que vem criando forma, ajudará a fortalecer e aumentar os clientes dos escritórios contábeis? 

O questionamento é valido, fato é, da mesma forma nao seguira. Na opinião desse autor os dias dos escritórios contábeis estão cada vez mais contados, mesmo que esse processo ainda caminhe lento e gradual. Restará portanto, apenas a figura do contador propriamente dita, os escritórios ficarão no futuro apenas nas lembranças.

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