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Carreira

Qual o futuro do setor fiscal nas empresas - parte 1

Neste primeiro artigo de uma série sobre o futuro do setor fiscal, escrevo sobre automação, inteligência artificial e o impacto disso em nossa área. A sua carreira corre perigo? Leia e reflita.

06/02/2018 16:11:15

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Qual o futuro do setor fiscal nas empresas - parte 1

Qual o futuro do setor fiscal nas empresas - parte 1

Da ficção à realidade – cuidado com seu emprego!

Vou lhe contar 3 pedaços de uma história que para mim é a mesma só mudando os contextos e depois lhe provocar com um pensamento para aqueles de nós que trabalham na área fiscal:

1. Ficção: No filme Eu, Robô, de 2004 com Will Smith, temos cenas de carros em alta velocidade sem a necessidade de motoristas, sendo estes opcionais.

2. Tendências: No livro Incansáveis do Maurício Benvenutti, ele cita os carros sem motoristas rodando pelo Vale do Silício.

3. Notícia: Por fim, num dia desses comentei como meus filhos os tais carros sem motoristas e eles duvidaram que já estivesse acontecendo (engraçado que o antiquado aqui deveria ser eu!!!), mas no mesmo dia tomando um café com um amigo, paramos numa banca e numa edição da revista Veja estava na capa o tal assunto. Já não é ficção nem tendência, é notícia, está acontecendo!

Da realidade para a história. Cuidado com seu emprego!

Agora, você pode imaginar o quanto o fato de carros sem motorista impactará o nosso futuro imediato?

Sim, teremos ruais mais seguras, porém milhões de pessoas perderão seu “ganha-pão”!

Inclusive, gostaria de dizer que a empresa que parece a mais boazinha para os motoristas desempregados é que mais investe para livrar-se deles.

Sim, o UBER investe ferozmente para que os carros sem motorista se tornem mais que experimentos: afinal de contas o "robô" não precisa ganhar dinheiro e isso aumenta o lucro da empresa às alturas!!

Sua carreira pode não ser ficção, mas pode virar história.

No entanto, eu quero lhe provocar com algo mais próximo:

Se as ferramentas estão cada vez mais inteligentes e os processos mais automatizados, qual será o papel do profissional fiscal daqui há alguns poucos anos?

  • Antes se se lançava nota, depois veio o futuro, então passamos a pistolar pelo código de barras para dentro do sistema.

  • Então, "agora" se pistolava notas, mas depois passamos a importar notas pelo xml.

  • Também antes calculvámos os impostos, hoje o ERP calcula pra gente.

  • Antes checávamos se estava tudo lançado, hoje o ERP diz se falta lançar ou aprovar algum documento.

Então, eu pergunto: o que você está fazendo ainda no setor fiscal da sua empresa?

Você poderá me responder: Fabio, você não tem ideia de como é isso aqui!! A gente tem muito trabalho!!

E eu acredito em você!!

Mas, nesse exato momento, alguém está pensando, criando, planejando uma forma de fazer o seu trabalho de forma mais eficiente, mais eficaz, e de preferência sem você!!

Um dos nomes disso?

Inteligência Artificial!

Nos bastidores já está acontecendo…

Faz pouco tempo, ouvi de um auditor fiscal de ICMS que, em alguns estados menores, a SEFAZ já sabe quanto a empresa tem de pagar ICMS antes mesmo do contador.

Você entendeu isso??

Antes que o contador receba o “movimento” do cliente, o fisco já tem os números, já cruzou as informações, já fez sua parte, e tudo automatizado!!

Vamos pensar um pouco juntos, fazendo um pouco de ficção científica:

Você percebeu que na introdução desse artigo, eu mostrei que em muito pouco tempo muitos que vivem profissionalmente como motoristas não terão mais trabalho?

E na área fiscal?

Você consegue imaginar que um setor fiscal precisará cada vez menos de profissionais para o operacional (para lançar notas ou importar notas, por exemplo)?

Você já imaginou que em pouco tempo não haverá auxiliares nem assistentes fiscais (analistas por algum tempo)?

Você já percebeu que o que segura você na sua função é porque existe uma complexidade absurda em nosso país para a gestão tributária?

Mas, também já observou que os sistemas estão cada vez “mais inteligentes” pois essa complexidade vai sendo incorporada aos algoritmos e eles fazem coisas numa velocidade maior?

Então, o que fazer?

Como nos preparar para o que vem quando nem sabemos direito o que vem?

Para os céticos: se você não acredita que a seu emprego está em risco não se preocupe, o futuro não pede licença nem se incomoda com a descrença de ninguém!
O museu existe para isso aí mesmo!!

Para os demais, gostaria de dialogar com este primeiro artigo, mas nos próximos dias, vou escrever outro para trocar ideias de possíveis saídas ou caminhos que devemos tomar!

Conto com seu feedback, seus comentários, suas ideias para enriquecer essa conversa e nos ajudar a ficar preparados para essas mudanças que estão bem perto!

 

Fabio Gomes

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