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Saldo Expressivo na conta CAIXA GERAL

Henrique Ronconi

Henrique Ronconi

Iniciante DIVISÃO 3, Perito(a)
há 14 anos Quarta-Feira | 20 maio 2009 | 20:31

Estou realizando uma perícia em uma entidade sem fins lucrativos de ordem religiosa (igreja), e foi identificado nos trabalhos periciais uma expressiva monta de dinheiro em caixa, valor este que só aumenta no decorrer dos anos, estando atualmente na ordem de mais de 700 mil reais. Este fato foi levado ao conhecimento no laudo pericial e a autora (que é a igreja) respondeu dizendo que está guardando dinheiro para construção de uma nova sede. (em dinheiro no caixa)
Para que eu possa esclarecer quais são os princípios contábeis legais que esta entidade está ferindo, ou seja, preciso de artigos ou procedimentos que possam demonstrar que tal fato não está correto e que os valores deveriam estar depositados em contas bancárias.

Obrigado.

Tópico movido por Rogério César para esta sala em 21 de maio de 2009 às 08:51:04.

valdemir jacon

Valdemir Jacon

Prata DIVISÃO 3, Programador(a)
há 14 anos Quinta-Feira | 21 maio 2009 | 08:47

Bom, eu não sou um perito em contabiliddade, principalmente em assuntos que envolvam normas (não sou formado em contabilidade) , mas acredito que pela pratica que eu tenho pois trabalho com escritorio, é que a empresa pode sim ter um valor alto em caixa, ela não é obrigada a ter uma conta para guardar o dinheiro.

Mas que isso na pratica é diferente, acho que poucas pessoas fazem isso quardar em casa 700 mil reais, principalmente com a violencia que temos hoje, a não ser que exista uma "razão" para não ter este dinheiro aplicado, ou então que a igreja tenha tanto dinheiro que 700 mil a mais ou a menos não faz falta (acho que não é o caso)

Eu acredito que se a igreja for fiscalizada, e o fiscal ver o saldo, ele possa querer que ela comprove que esta realmente em caixa e não em uma conta bancaria.

Valdemir
https://www.fxsistemas.com.br
Automação Contábil
Diego Rebelo Flor

Diego Rebelo Flor

Prata DIVISÃO 2, Analista Contabilidade
há 14 anos Quinta-Feira | 21 maio 2009 | 09:40

Bom dia Henrique,

Acredito que o mais correto nessa situação é efetuar uma contagem física de caixa, claro que com autorização e acompanhamento do responsável e de preferência mais uma pessoa, de forma a evitar quaisquer problemas em caso de diferenças em relação aos controles da entidade.
Dessa forma poderá haver a confirmação dos saldos contábeis, considerando ser raro qualquer entidade manter valor expressivo como esse tratado de forma tão perigosa.
Caso se confirme essa situação, o que poderá fazer é sugerir a aplicação desses valores em investimentos de baixo risco.

Espero ter ajudado,
Abraços

robelyo

Robelyo

Prata DIVISÃO 2, Analista Contabilidade
há 14 anos Quinta-Feira | 21 maio 2009 | 11:08

É a chamada 'auditoria de caixa' que faço todo mes, se a empresa tem nos relatórios contébeis expresso tal valor, eu tenho de conferir em espécie e levar esse relatório a conhecimento da chefia.
Que a empresa pode ter esse valor, isso pode, desde que comprove o mesmo, mas também creio que na violência de hojee em dia, poucas empresas se arriscaria a tanto. Geralmente igrejas, ONGs, funadeções, mantém contas abertas em bancos, podendo ou não aplicar esse dinheiro.
Sucesso

GILBERTO OLGADO
Consultor Especial

Gilberto Olgado

Consultor Especial , Contador(a)
há 14 anos Quinta-Feira | 21 maio 2009 | 15:12

Concordo com os colegas, pode haver qualquer saldo no caixa desde que provado fisicamente. Nas prestações de contas efetuadas pelo Presidente, tesoureiro, bem como toda a diretoria que administra a entidade devem ter a demonstração da entrada deste dinheiro em caixa pois os mesmos são responsáveis pelas contas e assinam o balanço firmando os saldos das contas do ativo e passivo.
Havendo saldo em caixa independente de qualquer valor, o tesoureiro precisa comprovar o mesmo com dinheiro em espécie ou cheques à compensar no montante exato.

Saudações.

A vida não é medida pela quantidade de vezes que respiramos, mas pelos momentos que nos tiram a respiração...
" VIVA INTENSAMENTE CADA MINUTO "
Alcir braz brighenti

Alcir Braz Brighenti

Prata DIVISÃO 2, Técnico Contabilidade
há 14 anos Sexta-Feira | 22 maio 2009 | 09:17

Henrique.

No minino eles estão distribuindo o dinheiro entre eles que administram.

Seria uma burrice tremenda, deixar todo esse dinheiro em caixa, sem segurança nenhuma e sem ganhos finnaceiros.

Com certeza, esse dinheiro nao existe.

Abraços

Editado por Alcir Braz Brighenti em 22 de maio de 2009 às 09:18:37

Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus! Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados! Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!
Henrique Ronconi

Henrique Ronconi

Iniciante DIVISÃO 3, Perito(a)
há 14 anos Sexta-Feira | 22 maio 2009 | 13:57

Alcir,

É bem possível que isso seja verdade, inclusive estou recomendado em juizo que proceda-se uma rigorosa auditoria do Ativo Circulante Disponível a fim de confirmar a existência do saldo da conta caixa.

Muito obrigado pela colaboração.

GILBERTO OLGADO
Consultor Especial

Gilberto Olgado

Consultor Especial , Contador(a)
há 14 anos Sexta-Feira | 22 maio 2009 | 14:13

Boa tarde a todos,

Não fiz comentário à respeito da origem do saldo vultuoso deste caixa citado pelo Henrique, mas realmente existem vários os motivos que podem ter levado à este montante;
1. Falta de registro de despesas efetuadas e pagas.
2. Má administração financeira.
3. Má administração e corrupção da Diretoria.
4. Falta de documentação hábil das despesas pagas.
5. Falta de orientação do Contador.
6. Falta de profissional na área adm e financeira da entidade.

No campo de hipóteses podemos fazer várias presunções.
Mas a administração desta diretoria referente ao período que originou este saldo, com certeza foi uma má gestão que deve ser analizada por auditoria.

A vida não é medida pela quantidade de vezes que respiramos, mas pelos momentos que nos tiram a respiração...
" VIVA INTENSAMENTE CADA MINUTO "
robelyo

Robelyo

Prata DIVISÃO 2, Analista Contabilidade
há 14 anos Segunda-Feira | 25 maio 2009 | 08:28

Concordo com o Gilberto.
No que diz a respeito da falta de 'registros' o que geralmente acontece nas empresas e gera um valor expressivo alto no caixa sendo que a empresa não dispoe de mesmo valor, não entrei nesse assunto por que na citação incial está assim: respondeu dizendo que está guardando dinheiro para construção de uma nova sede. (em dinheiro no caixa)

Gisele S. Luiz

Gisele S. Luiz

Prata DIVISÃO 4, Contador(a)
há 14 anos Segunda-Feira | 25 maio 2009 | 08:56

É, isso parece falta de escrituração dos documentos de despesas mesmo
E nesse caso não tem jeito, tem que ir pra contagem física do ativo caixa. Como disse o colega acima, com pelo menos duas testemunhas, pra não ocorrer problemas pra você depois.
Antes de qualquer decisão em relação a desconfianças, é melhor proceder a contagem e depois disso, levar a conhecimento da atual diretoria.

Faço o caixa de uma igreja também e o saldo em caixa deles é mínimo, pq é muito perigoso ter tanto dinheiro assim, mesmo que num cofre e tudo mais. Todos os valores mais vultuosos vão pra banco.

Nenhum sucesso na vida compensa o fracasso no lar.
Henrique Ronconi

Henrique Ronconi

Iniciante DIVISÃO 3, Perito(a)
há 14 anos Segunda-Feira | 25 maio 2009 | 11:54

É isso mesmo, concordo com vocês.

Já peticionei para o juizo que tal esclarecimento só poderia ser feito através de um trabalho minucioso de auditoria nos Ativos Disponíveis da entidade.

Eu, mesmo nomeado como perito, não poderia solicitar uma verificação destas contas sozinho. O risco é grande.

Abraço e mais uma vez obrigado pela opinião de vocês que muito me ajudou.

Arísio

Arísio

Bronze DIVISÃO 5, Não Informado
há 14 anos Terça-Feira | 26 maio 2009 | 00:27

Se realmente existir um valor desse no caixa, com certeza a coisa não tá tão ruim assim.

Agora quanto a questão de saídas e notas pagas e não escrituradas aí é outra situação de relapso.Porque vai apresentar que existe tal valor, mas quando for feito a devida contagem física talvez não tenha nem 1.000,00 pra pagar a conta de telefone.

De qualquer forma é preciso verificar se o valor existe realmente lógico que com toda a segurança e com presença de testemunhas pra evitar probemas caso o valor não exista realmente nesse montante, aí a confusão será criada.
Todo cuidado é pouco.Essa contagem deve envolver os membros da diretoria e o perito, pra evitar qualquer dúvida tanto por parte do perito quanto da igreja.

Editado por Arísio em 26 de maio de 2009 às 00:30:18

....A humildade é essencial para um excelente aprendizado...pois é vivendo e aprendendo..
Agenor Pereira de Camargo

Agenor Pereira de Camargo

Bronze DIVISÃO 4, Contador(a)
há 12 anos Quinta-Feira | 7 julho 2011 | 12:14


No meu caso, que estou assumindo uma empresa neste momento, a situação do caixa é bem parecido com o assunto acima, pois o valor gira em torno de 550 mil e na realidade em espécie(dinheiro), existe muito pouco. Estou estudando as alternativas para diminuir esse saldo e se alguém já tiver algum comentário a respeito, eu desde já agradeço.

Rogerio de Souza Santos

Rogerio de Souza Santos

Ouro DIVISÃO 1, Técnico Contabilidade
há 12 anos Quinta-Feira | 7 julho 2011 | 14:17

Agenor,
Acho que este problema é geral, eu também estou com este caso, (saldo de caixa inexistente), mas legalmente não estou encontrando solução, e o pior o saldo só aumenta, talvez nas próximas distribuições dos lucros podemos minimizar tais problemas, não vejo uma solução imediata.

Se algum colega tiver uma ideia melhor, favor nos ajudar.

Um abraço,

Rogerio de Souza Santos
Agenor Pereira de Camargo

Agenor Pereira de Camargo

Bronze DIVISÃO 4, Contador(a)
há 12 anos Sexta-Feira | 8 julho 2011 | 09:25



Rogerio,

Felizmente no meu caso existe a possibilidade de distribuição de lucros, o que não ocorre numa entidade beneficente. A principal dificuldade do meu cliente é em relação as compras, pois a maioria dos fornecedores resistem em emitir nota, e quando emitem elevam o preço, aumentando o custo de produção, tornando dificil a concorrencia com outras empresas que sonegam. Mas esta é uma situação que já se tornou rotina e o nosso papel é achar alternativas legais para minimizar o problema.

Um abraço,

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