Filipe Menossi
Iniciante DIVISÃO 5, Analista Embora muitas pessoas acreditem que o pagamento de salário representa o custo total de um funcionário, você sabia que um colaborador pode custar até 2,8 vezes o salário pago a ele, segundo a Fundação Getúlio Vargas e Confederação Nacional das Indústrias?
E no mundo dos negócios, como todo investimento, contratar um novo recurso e até mesmo dar aumento de salário também exige planejamento para que o fluxo de caixa não seja prejudicado. Entenda, na prática, por que o cálculo de custos dos funcionários vai além do pagamento de salário e descontos apontados em folha.
Cálculo de custo
Além de considerar o salário que será pago ao funcionário com carteira assinada, mensalmente, também existem encargos como os direitos do trabalhador e impostos que serão cobrados sobre seus vencimentos, previstos nas leis trabalhistas como na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) . Consulte mais informações sobre os encargos trabalhistas.
Tributos que precisam ser pagos
Entre os encargos mais comuns no pagamento dos trabalhadores brasileiros estão os custos com o 13º salário, férias, adicional de férias, INSS, FGTS, plano de saúde, seguro de vida, auxílio alimentação e vale-transporte. Somando todos eles, o valor aproximado é de 60% do custo total de um funcionário, sendo os 30% restantes o seu salário.
Custos variáveis
Outros custos também devem ser considerados, dependendo da função e atividades que são desempenhadas pelo colaborador. Treinamentos, capacitação, atualização, pagamento de horas extras e, claro, o abatimento do valor de notas fiscais geradas em caso de viagens e ligações telefônicas, entre outros.
Variações para serem consideradas
É importante lembrar que o custo de um funcionário depende do sindicato, regime de apuração e ramo de atividade.
Simples Nacional (Anexo I, II e III)
Para os negócios enquadrados no Simples Nacional (Anexo I, II e III), por exemplo, a cobrança dos impostos para pagar os custos do funcionário são: 8% de FGTS, valor anual de férias, 1/3 sobre férias, valor proporcional aos meses trabalhados para o 13º salário, 8% de INSS, vale-refeição e vale-transporte. Já os custos que devem ser descontados de sua folha de pagamento são: 8% de INSS e 6% de vale-transporte.
Simples Nacional (Anexo IV), Lucro Presumido e Lucro Real
A diferença dos negócios que optam por eles é que devem contar com um custo maior de INSS (20%) e o pagamento da Alíquota RAT (1 a 3%), para o INSS cobrir possíveis acidentes de trabalho. No caso das empresas de Lucro Presumido ou Lucro Real, devem ser somadas também as alíquotas de terceiros, para o financiamento de programas como SENAI e SESI.
E no caso de demissão, como calcular?
Quanto maior o tempo em que o funcionário está contratado, maiores também são os custos para a rescisão. Para fazer esse cálculo de custo, é preciso considerar o período de aviso prévio, com 1/12 de férias e 1/12 do 13º salário, além do pagamento do 13º proporcional a quantos meses do ano foram trabalhados, proporcional de férias, o salário sobre os dias que trabalhou e a multa sobre o FGTS.
Consulte um contador
Para esclarecer todas as dúvidas sobre encargos e custos com funcionários, conte com a ajuda de um contador. Outra boa dica é usar a ferramenta grátis de fluxo de caixa online QuickBooks ZeroPaper para fazer todos os cálculos necessários, controlar o caixa do seu negócio, notas fiscais e muito mais!