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O futuro dos escritorios contabeis

OSWALDO LUIZ VALEJO

Oswaldo Luiz Valejo

Ouro DIVISÃO 1, Contador(a)
há 12 anos Terça-Feira | 21 junho 2011 | 09:49

Recebi por email esta materia assinada por Anderson Hernandes, e a coloco aqui para nós contabilistas refletirmos sobre a realidade de nossa profissão:

Nessa semana, examinando as fichas da DIPJ de 2011/2010 tive a plena certeza do que já sabia: Os pequenos escritórios contábeis não sobreviverão a todas as exigências impostas aos profissionais da contabilidade atualmente.

Lembro-me de quando preenchíamos a DIPJ com uma maquina de datilografia, onde todas as informações se resumiam em apenas duas folhas. Hoje uma DIPJ, dependendo da empresa, pode ter até 1900 linhas de informações a serem preenchidas para o fisco. Se não acredita, pode parar e contar, pois fiz questão de fazer isso.

O que isso representa para a classe de contabilistas? No meu entendimento, significa que a maior parte dos pequenos escritórios contábeis não está preparada para preencher uma DIPJ com até 1900 linhas, e se tiver, não recebe de seus clientes o equivalente ao trabalho e a responsabilidade que isso representa.

Pequenos escritórios contábeis são normalmente formados por poucos profissionais, muitas vezes com formação generalista nas diversas áreas que o mercado contábil/fiscal/trabalhista abrange. Hoje, para atender adequadamente as exigências impostas ao preenchimento de uma DIPJ de Lucro Real e Presumido, é necessário um avançado grau de especialização na área tributária.

Mas, os problemas dos contabilistas não se restringem somente a isso. Há o que se falar sobre o Sped e o Fcont, que serão cruzados diretamente com as informações constantes na DIPJ, que por sua vez será cruzada com as informações da DCTF, DACON e DIRF, não só da empresa em questão, mas com das empresas que ela manteve relacionamento empresarial.

E qual é o trabalho que a RFB tem para fazer tudo isso? Nenhum! Tudo é feito automaticamente por seus supercomputadores, com as informações que os contabilistas alimentaram nas muitas obrigações acessórias entregues dos seus clientes.

Diante de tudo isso, você acredita que um pequeno escritório de contabilidade irá sobreviver a todo esse cenário? Pessoalmente não acredito, mas penso que um pequeno escritório de contabilidade tem duas alternativas: Ou se transforma em uma empresa de contabilidade ou se posiciona no mercado para atender empresas do Simples Nacional, que apesar de não serem tão simples como o nome sugere, não é nem de perto tão complexo como empresas enquadradas no regime do Lucro Presumido e Real.

A reflexão final que deixo é: A sua empresa é um escritório contábil ou uma empresa de contabilidade?

Anderson Hernandes

Rogerio de Souza Santos

Rogerio de Souza Santos

Ouro DIVISÃO 1, Técnico Contabilidade
há 12 anos Terça-Feira | 21 junho 2011 | 10:21

Caro Osvaldo,

Como você mesmo disse, isto já era esperado, e já está acontecendo, inclusive alguns pequenos escritórios hoje fazem mais serviços avulsos, o que rende mais, do que a própria contabilidade e quando faz contabilidade, é apenas das empresas do simples, que geram menos problemas. Mas, acho que quem gosta mesmo da contabilidade e já tem uma conhecimento bem profundo da matéria, e procurando melhorar o seu escritório em todos os sentidos(atualizações, tecnologia e etc), vai poder comer um pedacinho do bolo, que esta salada de hoje vai virar num futuro bem próximo. Esta é a minha esperança e quem sobreviver até lá, verá. he. he.he.

Um Abraço.

Rogerio de Souza Santos
Marcos A. Canavezzi
Articulista

Marcos A. Canavezzi

Articulista , Contador(a)
há 12 anos Segunda-Feira | 27 junho 2011 | 17:19

Caros Oswaldo, Rogério,

Esse post começou em agosto de 2007, mas perece do hoje. Eu passei por uma das Big Four, passei por grandes empresas e recentemente em uma empresa de contabilidade. Atualmente estou desempregado e pensando se continuo na área ou não e meus motivos são justamente os que foram colocados por Oswaldo.

Quase tudo que aprendi, na faculdade e em cursos de especialização não é usado em escritórios ou empresas de contabilidade. O cenário que encontrei nesses lugares foi:
- livro caixa para todo mundo que estiver no simples e lucro presumido;
- as empresas do lucro real, saíram para escritórios onde o honorário é mais barato;
- Muitos clientes ou quase todos não mandam os extratos de contas corrente para contabilizar (e se irritavam quando pedia);
- As jogadas mais manjadas e óbvias que existem para não pagar imposto e que resultavam em autuações liquidas e certas, apesar dos insistentes alertas para não fazer.

Hoje os escritórios de contabilidade ou empresas de contabilidade significam ao meu ver, um risco para a carreira de quem quer ser contador e que queira levar a profissão a sério. Fatos como esses e associados ao salário tradicionalmente mais baixo que em outros lugares como indústrias e auditorias, não são convidativos para ninguém.

Por que acho que é um risco? Por que assim que o CRC começar a fiscalizar os escritórios e empresas de contabilidade, especialmente para conferir o IFRS, todos que assinarem serão autuados e não apenas o dono do escritório. Se alguém duvidar que faça a consulta no sistema CRC/CFC.



Fernando Hideo Tiba

Fernando Hideo Tiba

Iniciante DIVISÃO 4, Advogado(a)
há 11 anos Segunda-Feira | 13 agosto 2012 | 13:23

DCesculpe reviver um post antigo, mas a tudo isso acima citado incluo a burocracia tecnologica instaurada.

Expliquem aos clientes as certificações digitais, as speds pis/cofins, além das dificuldades de controle da rede de computadores e instalação de firewalls para controlar a falta de dedicação dos funcionários usando orkut, facebook, youtube entre outros.

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