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HSBC é condenado em R$ 67,5 mi por espionar funcionários em licença médica

O Banco HSBC foi condenado pela 8ª Vara do Trabalho de Curitiba a pagar uma indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 67,5 milhões por espionar funcionários afastados por motivos de saúde.

11/02/2014 20:41

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HSBC é condenado em R$ 67,5 mi por espionar funcionários em licença médica

O Banco HSBC foi condenado pela 8ª Vara do Trabalho de Curitiba a pagar uma indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 67,5 milhões por espionar funcionários afastados por motivos de saúde.

A decisão é em primeira instância e cabe recurso. Se pago, o valor será revertido ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

Contatado pelo UOL, o HSBC informou, por meio de sua assessoria de comunicação, que não comentará o caso.

A acusação, feita pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Curitiba e Região, conseguiu provar que a instituição contratou uma empresa de investigação para obter dados pessoais de trabalhadores afastados.

Investigadores disfarçados de carteiro e entregador de flores que invadiam as residências, filmavam o interior das casas e vasculhavam o lixo.

O objetivo, segundo o sindicato, era comprovar fraudes no afastamento por doença.

O caso foi revelado em 2012, quando o Sindicato dos Bancários de Curitiba, sede nacional do HSBC, recebeu um dossiê anônimo contendo as informações coletadas pela empresa CIE (Centro de Inteligência Empresarial).

Doze pessoas confirmaram ao MPT (Ministério Público do Trabalho) do Paraná ter reconhecido informações pessoais nos documentos, como descrições sobre a rotina diária.

No total, o dossiê trazia informações sobre 154 funcionários do HSBC nos Estados de Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. As espionagens ocorreram entre 1999 e 2003.

O sindicato desconhece que algum funcionário tenha sido legalmente denunciado ao INSS  (Instituto Nacional do Seguro Social) por suposta fraude no benefício.

Há casos, porém, em que colaboradores teriam passado a sofrer represálias ao voltar às atividades ou teriam sido demitidos poucos meses após o fim da licença.

"Temos a suspeita de que o banco tentava interferir de alguma forma na concessão dos benefícios. Mas isso precisaria de mais investigação", afirma o assessor jurídico do Sindicato, Nasser Ahmad Allan.

Segundo ele, as provas não poderiam ser utilizadas legalmente porque invadem a privacidade dos funcionários.

Em ação paralela, cuja decisão foi proferida em outubro do ano passado, o HSBC havia sido condenado pelo Tribunal Superior do Trabalho a pagar R$ 500 mil por não emitir Comunicação de Acidente do Trabalho e dispensar empregados diagnosticados ou com suspeita de Ler/Dort (Lesão por Esforço Repetitivo/Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho).

Osny Tavares 


Fonte:UOL



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