A inflação das famílias majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos de idade, medida pelo IPC-3i (Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade) subiu no primeiro trimestre deste ano e registrou variação de 2,30%, de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira (11) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 5,96%. Ainda assim, a taxa é menor do que a variação acumulada do índice nacional, o IPC-BR, que tem alta de 6,09% no mesmo período. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram avanços em suas taxas de variação.
Individualmente, os itens que mais pesaram no bolso dos idosos foram a empregada doméstica mensalista, o plano e seguro de saúde, as refeições em bares e restaurantes, o tomate e a batata-inglesa.
Grupos
A principal contribuição partiu do grupo habitação, cuja taxa passou de 1,75% para 2,13%. O item que mais influenciou o comportamento desta classe de despesa foi empregados domésticos, que variou 4,92%, no primeiro trimestre de 2014, ante 0,41%, no trimestre anterior.
A alimentação também contribuiu para a inflação da terceira idade, com alta de 3,56% para 4,31% na passagem do quarto trimestre de 2013 para o primeiro trimestre deste ano. Em seguida viram os grupos educação, leitura e recreação (com alta de 2,51% para 3,69%) e despesas diversas (que foi de 1,61% para 3,60%).
Para cada uma destas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens: hortaliças e legumes (12,77% para 30,42%), cursos formais (0,00% para 8,15%) e cigarros (2,78% para 8,05%), respectivamente.
Recuo nos preços
Por outro lado, alguns grupos tiveram um recuo em suas variações, como vestuário (2,31% para 0,71%), transportes (1,95% para 1,59%), comunicação (0,91% para 0,19%) e saúde e cuidados pessoais (1,49% para 1,37%).
Nestas classes de despesa contribuíram para estes movimentos os itens: roupas (2,50% para 0,52%), tarifa de táxi (9,12% para -3,38%), tarifa de telefone móvel (2,44% para 0,48%) e medicamentos em geral (0,40% para -0,07%), nesta ordem.
Fonte: R7