Muita gente que se aventura a abrir uma empresa consome um bom tempo (e depois, bom dinheiro) tentando colocar em prática o que assimilou dos manuais e seminários de autoajuda.
É até possível que dê certo. Porque ninguém tem certeza absoluta de qual a melhor receita para combinar talentos, pouco capital e muitos sonhos num empreendimento de sucesso.
Mas ao ter como referência os manuais de autoajuda a gente corre o risco de ter que investir altas doses de criatividade para ajustar receitas padronizadas ao nosso DNA empresarial.
Os erros de ajuste dos manuais de autoajuda (exatamente por serem genéricos) se materializam em prejuízos assumidos, claro, pelo empreendedor novato. Que aprenderá várias lições.
Uma delas é que toda empresa é uma obra de arte viva e pulsante. Que se sustenta em qualidades intangíveis como habilidades, dedicação, determinação e fé, quase absoluta, nos sonhos que a inspiram.
É até possível organizar um manual que chame a atenção do futuro empreendedor para que ele (ou ela) leve em consideração os aspectos intangíveis que sustentarão o negócio.
Mas dependerá, única e exclusivamente, do futuro empresário (ou empresária) ser capaz de contagiar as pessoas ao seu redor e inspirar o grupo que irá liderar sua empresa.
Inspirar talentos e organizá-los de acordo com suas habilidades, determinação e fé essenciais para dar vida à sua empresa requer uma visão que transcenda os manuais de autoajuda.
É, provavelmente, nessa capacidade de inspirar as pessoas, suas almas e seus talentos que resida as diferenças de desempenho das futuras organizações.
O que nos traz de volta, nesse exercício, a indagações que são quase espirituais porque dependem de um mergulho profundo em nós mesmos. Na identificação da nossa capacidade inspiradora, que só a nós pertence.
Capacidade inspiradora que ao ser posta em prática nos ajudará a mobilizar nosso pelotão de sonhadores, com fé suficiente para desafiar as incertezas e criar uma organização viva, que chamaremos de empresa.
Fonte: Uol
