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Jeitinho brasileiro no mundo dos negócios: conheça 4 serviços inusitados

Aluguel de bolsas, iPhones, preparação de jantares românticos e personal organizer; conheça mercados improváveis que nosso "traquejo" para o business inventou. Rendimentos chegam a R$ 4 mil

28/11/2014 08:25:24

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Jeitinho brasileiro no mundo dos negócios: conheça 4 serviços inusitados

De preparativos para uma noite romântica a aluguel de iPhones. Os brasileiros fazem quase tudo para garantir uma renda extra no fim do mês e atender gostos exóticos. Com rendimentos que chegam a R$ 4 mil, as ofertas de serviços abrangem diversos setores.
 
A vaidade e ostentação foram o ponto de partida para o editor de imagens Marco Aurélio Constantino, 28 anos, se tornar empresário. Para alguns pode soar estranho, mas o aluguel de iPhones caiu no gosto de jovens do Rio Grande do Norte. Com estoque de quatro aparelhos modelo 5, disponíveis, Marco Aurélio garante: “Todos são reservados de sexta a segunda”.
 
A procura foi tanta que Constantino resolveu disponibilizar o seu smartphone pessoal para alugar. “Além dos quatro modelos da cor branca, pagando um pouco mais, os clientes podem reservar com antecedência o meu, um iPhone 5S”, frisou. Segundo o empresário, as mulheres alugam mais desse tipo, porque é dourado. "As garotas gostam de fazer selfie na academia", exemplifica. A diária dos aparelhos varia entre R$ 120 e R$ 170.
 
O editor de imagens conta que o negócio começou sem pretensão. “Anunciei meu iPhone para vender em agosto. Uma semana depois, o emprestei para um amigo tirar fotos. A partir daí, surgiram outros pedidos e resolvi capitalizar o empréstimo, que rende mais do que a venda do aparelho”, esclarece. Com farta procura, foi preciso adquirir mais iPhones.
 
Metade do valor é pago no momento da entrega. O cliente assina um contrato e recebe o aparelho com os aplicativos instalados. No momento da devolução, o celular é reiniciado para as configurações originais. Para evitar perdas, Constantino registra os iPhones no iCloud, que rastreia o smartphone.
 
Um cabeleireiro de 21 anos, que preferiu não se identificar, reserva os aparelhos com frequência e não esconde que o objetivo é ostentar. “Não basta ir bem arrumado para um festa, tem que ter um iPhone”, define.
 
O jovem, que tem um celular de modelo não tão badalado, acrescenta que busca os serviços para tirar fotos na frente do espelho e exibir o aparelho em eventos. “Sempre que estou com o iPhone, tiro centenas de fotos e guardo em um arquivo. Aos poucos publico algumas com mensagens de "bom dia" ou "boa noite", as minhas amigas realmente pensam que o celular é meu”, assume.

De olho na grife

A advogada Marina Perktolb, 35 anos, também apostou na vaidade para faturar. Há um ano e meio, em sociedade com a amiga Andrea Guerra Lages, a empresária resolveu abrir uma loja em Belo Horizonte, especializada em aluguel de bolsas e vestidos de marcas internacionais.
 
Com bolsas que custam até R$ 25 mil e aluguéis que chegam a R$ 850, Marina conta que o perfil das clientes é variado. As mulheres a procuram quando precisam ir a eventos, jantares de negócios ou para testar os produtos. “Algumas fazem uma espécie de test-drive, usam as bolsas por um determinado período para checar se vale a pena comprar”, explicou. “Outras têm desejo de usar, mas não têm poder aquisitivo para comprar, então o aluguel aparece como melhor opção”, completou. 

O mercado do amor
Proporcionar um momento inesquecível para os casais é a missão de Priscila de Oliveira, 29 anos, que também atua como auxiliar administrativa. Em parceria com o marido, Igor Alves, 30 anos, Priscila resolveu abrir uma empresa que oferece os serviços de decoração e jantar para casais de todas as idades. Associar a rotina de escritório com as rosas e fondues de apartamentos e suítes de motel não é tarefa fácil.
 
Com cada jantar negociado a R$ 160, Priscilla fatura até R$ 4 mil por mês e coleciona histórias curiosas e não recusa um desafio. “Já fiz eventos em fazendas e até em barcos”, conta. A noite romântica em uma lancha já lhe rendeu R$ 1,6 mil.
 
A ideia de criar a empresa surgiu em 2013 quando o casal comemorava o aniversário de casamento. Se revezando para jantar em um restaurante e cuidar do filho pequeno que ficou na brinquedoteca do local, a empresária pensou em dar outra opção aos casais que buscam sair da rotina. “Um jantar especial preparado em casa dá um toque de romantismo e renova os relacionamentos”, defende. O negócio, inicialmente, teve investimento de R$ 500 reais. 

Bagunça organizada
Separar itens por cor, nome e formado sempre atraiu a administradora Maria Thereza Mochel, 50 anos. Focando no vasto mercado da bagunça, a empresaria encontrou uma forma de aliar o que mais gosta de fazer com uma renda extra no fim do mês. A empresa inaugurada há seis meses rende ao menos R$ 1,6 mil mensalmente. “Sempre fui muito organizada, gosto de decoração. Me encontrei nessa profissão”, acredita. 

A área de atuação não se restringe a casas de família, a personal organiza escritórios e planeja até listas de casamento. “Facilitar a vida dos clientes é o meu trabalho, faço listas de compras, guardo presentes de casamento, arrumo armários e dou treinamento para empregadas”, disse. “O retorno dos clientes é incrível! Com a casa arrumada, as pessoas têm mais qualidade de vida, economizam tempo e melhoram a produtividade”, completa.
 
Maria Thereza já tem planos para 2015: está treinando um novo funcionário para empresa e pretende atuar em novos meios, como aniversários e organização de casamentos. Os serviços de personal organizer chegam a custar R$ 40 por hora.
 
Por Mirelle Pinheiro

Fonte: Correio Braziliense

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