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Cresce oferta de seguros para PMEs, que cobrem até roubo de chapinha

A depender da gravidade do problema, é possível que o proprietário do estabelecimento seja processado na Justiça e condenado a pagar uma indenização. No caso de pequenos negócios, processos do tipo podem ser fatais.

23/03/2015 11:10:33

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Cresce oferta de seguros para PMEs, que cobrem até roubo de chapinha

O que acontece se, durante o banho e a tosa de um gato, o pet shop acidentalmente ferir o animal?

A depender da gravidade do problema, é possível que o proprietário do estabelecimento seja processado na Justiça e condenado a pagar uma indenização. No caso de pequenos negócios, processos do tipo podem ser fatais.

Diferente das grandes empresas, os pequenos e médios negócios em geral não possuem departamentos jurídicos ou de manutenção. Quando surgem problemas, os custos e o tempo para resolvê-los podem atrapalhar ou até mesmo falir a empresa.

A limitação foi vista como uma oportunidade pelas seguradoras, que investem em coberturas específicas para o segmento das PMEs.

É também uma aposta em um mercado com alto potencial de expansão: segundo pesquisa da RSA Group, quase 70% das pequenas e médias empresas brasileiras não têm nenhum tipo de seguro.
Para cerca de um terço dos entrevistados, o seguro não é importante, além de ser caro.

"Além de o brasileiro não ter uma cultura tão forte de seguros como o americano, há um desconhecimento dos valores", avalia Mauro Pimenta, da Otimize Seguros.

"Quando contratamos o seguro, nós ficamos pensando 'estamos jogando dinheiro fora'. Mas e se acontecer um imprevisto?", diz Maíra Fontana, 34, dona da empresa de tecnologia Sales Talent.

Fontana contratou um seguro para a frota de carros que leva os consultores até os clientes pouco depois de fundar a empresa, há três anos.

A preocupação dela mostra que a visão sobre os seguros começa a mudar entre empresas mais novas.

"Os empreendedores que atuam em novos negócios estão preocupados em se resguardarem, justamente por estarem na área do pioneirismo", diz Pedro Monteiro, 28, sócio da Compartibike.

A empresa, fundada em 2010, contratou o seguro quando iniciou sua operação de aluguel de bicicletas.

"Nós tínhamos muito claro que precisaríamos de um seguro de responsabilidade civil, porque nós acompanhamos o que acontece no exterior e vemos que acontecem acidentes e até mortes."
adaptado

Não existia, porém, nenhum seguro adequado para o ramo. A empresa, em parceria com o Grupo Berkley e a TRR Securitas, desenvolveu a primeira cobertura no Brasil direcionada para aluguel de bicicletas.

O principal diferencial é cobertura por indenização, caso um cliente sofra um acidente com uma bike alugada. "Nós não temos tamanho para tomar um processo de milhões por uma morte", afirma Monteiro.

"O sinistro deve ser sempre algo imprevisto e acidental. Mas a questão é que, quando ele acontece, ele pode acabar com um negócio", diz Rudge.

Para negócios mais comuns, como pet shops e salões de beleza, as seguradoras já possuem um catálogo de proteções adaptadas. Na Porto Seguro e na SulAmérica, por exemplo, há linhas específicas voltadas para pequenas e médias empresas.

Além da proteção básica contra incêndio, salões podem contratar cobertura contra danos corporais causados por queimadura por uso de chapinha, e escolas, contra problemas causados por alimentos vendidos na cantina.

Jarbas Medeiros, da Porto Seguro, afirma que a faixa de preço dos seguros para as PMEs gira em torno de R$ 1.500 anuais. Mas há apólices a partir de R$ 500 anuais, segundo a Otimize.

Fonte: Folha de S.Paulo

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