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Depois do tombo, o rombo

Só a prisão do líder do governo no Senado já seria suficiente para fazer a tempestade perfeita; a equipe econômica ainda amargou um recorde negativo, do tamanho do Haiti

27/11/2015 10:43:18

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Depois do tombo, o rombo

Além do caos político agravado pela prisão do líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS),  que pode atrapalhar as medidas do ajuste fiscal, a equipe econômica nesta quinta-feira mais um novo recorde negativo. Na gestão do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, O Governo Central, que reúne Tesouro Nacional, INSS e Banco Central, registrou de janeiro a outubro um deficit primário de R$ 33 bilhões, o maior rombo para o período de toda a história do Brasil.

As receitas do Governo Central acumularam até outubro uma queda real de 5,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Sobre outubro do ano passado, a queda foi de 11,5%. Já as despesas apresentaram uma queda real de menor intensidade no ano, chegando a 3,3%. Em relação a outubro do ano passado, houve uma elevação de 2,9%.

O governo vem sendo cobrado a realizar um "corte na carne", que simbolizaria que assim como a sociedade, o governo também estaria pagando o preço do ajuste. Em outubro, no entanto, o que se viu foi um aumento nos gastos governamentais, embora o discurso ainda seja de cortes. 

Meta ou Justiça

Desesperado, o governo vai recorrer à Justiça caso o Congresso Nacional não aprove a alteração da meta fiscal para 2015, segundo o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive. Ele disse que a equipe econômica adotaria essa hipótese caso o Tribunal de Contas da União (TCU) obrigue o governo a quitar integralmente os atrasos nos repasses a bancos públicos antes do fim do ano.

"Para pagarmos tudo que devemos, precisamos fazer um novo contingenciamento [bloqueio de verbas] no orçamento, que prejudicaria os investimentos e a prestação de serviços pelo Estado. Entendemos, inclusive, que a questão é passível de questionamentos jurídicos. Em 2015, fizemos [até agora] um contingenciamento recorde de 1,22% do PIB [Produto Interno Bruto]. Entendemos que o TCU precisa estar sensível", afirmou o secretário ao explicar o déficit primário recorde de R$ 33,099 bilhões nos dez primeiros meses do ano.

Fonte: DCI - SP

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