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Errar no cálculo do preço de um produto pode ser fatal para as empresas

Cobrar o valor errado pode aumentar prejuízos e levar empresas a perderem mercado

05/05/2016 09:06:19

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Errar no cálculo do preço de um produto pode ser fatal para as empresas

Errar no cálculo do preço de um produto pode ser fatal para as empresas

Sem conhecer todos os seus custos e despesas, os pequenos negócios costumam ter dificuldades para estabelecer o preço de um produto ou serviço. A prática de cobrar o valor errado pode ser fatal para uma empresa, já que um preço muito baixo causa prejuízos ao negócio e um valor muito alto resulta em perda de mercado.

Apesar da precificação não ser algo simples, o primeiro passo é ter uma gestão financeira bem organizada. “Sem conhecer todos os meus custos, automaticamente meu preço vai ficar fora da realidade de mercado”, afirma o consultor do Sebrae-PR Luis Zaia.

Ele diz que todas as despesas da empresa devem ser incluídas no cálculo do preço, como os custos fixos (aluguel, folha de pagamento e pró-labore) e variáveis (matéria-prima, fornecedor, imposto, comissão, entre outros).

Segundo o consultor, é comum o empresário se esquecer de acrescentar gastos com frete, viagens, comissões e outros custos fixos. Por exemplo, se foi necessário viajar para comprar uma mercadoria, é recomendável somar os gastos com transporte, hospedagem e alimentação.

Técnicas

Conhecendo bem os custos envolvidos, o empreendedor precisa escolher uma técnica de precificação para calcular o preço adequado.

A mais usada entre as pequenas empresas é chamada de “markup” e significa estabelecer um preço suficiente para pagar todos os custos e ainda gerar lucro. Seu cálculo, em resumo, é feito somando o custo do produto, as despesas fixas e variáveis, e acrescentando ao final a margem de lucro que se pretende atingir.

Há também técnicas que levam em consideração o que o cliente está disposto a pagar e que estabelecem o preço a partir do que o concorrente cobra.

Outra trabalha com preços dinâmicos, ou seja, estabelece um valor para cada tipo de cliente. É o caso das companhias aéreas e de empresas de e-commerce, que alteram os valores diariamente de acordo com o perfil de compra do consumidor.

Segundo o professor dos cursos de MBA da Fundação Getulio Vargas e autor do livro Guia Prático de Formação de Preços, Roberto Assef, essas metodologias demandam mais acompanhamento do empresário e pesquisas de mercado e, por isso, não costumam ser utilizadas por pequenos negócios.

”Quem dita o preço é o mercado”, afirma consultor

Para os especialistas, depois de estabelecer o preço em cima dos custos e da margem de lucro, é preciso olhar para o concorrente.

Essa rotina permite comparar o preço do seu produto para saber se está acima, abaixo ou de acordo com o praticado pelo mercado.

Se o preço final ficou acima e não há fatores de diferenciação do seu negócio diante da concorrência, a recomendação é reduzir os custos ou a margem de lucro. Caso tenha ficado inferior aos concorrentes, vale a pena deixá-lo assim ou aumentar a margem de lucro.

“Quem dita o preço é o mercado. O empreendedor precisa olhar o mercado que está inserido e o público-alvo”, afirma o consultor do Sebrae-PR Luis Zaia.


Por Jéssica Sant’Ana

Fonte: Gazeta do Povo

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