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Saque do FGTS inativo causa dúvidas, mas beneficiários já fazem planos

O G1 foi às ruas para saber como as pessoas reagiram à possibilidade de contar com um dinheiro que até então estava retido em contas inativas do fundo do trabalhador e o que pretendem fazer com ele.

15/02/2017 10:10:31

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Saque do FGTS inativo causa dúvidas, mas beneficiários já fazem planos

G1 foi às ruas para saber como as pessoas reagiram à possibilidade de contar com um dinheiro que até então estava retido em contas inativas do fundo do trabalhador e para saber o que elas pretendem fazer com esse recurso. 

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta terça-feira (14) o calendário de saque do FGTS inativo. Os saques começam no dia 10 de março e seguem até 31 de julho.

O saque do dinheiro pode ser feito por quem tem saldo em uma conta inativa até 31 de dezembro de 2015. Uma conta fica inativa quando deixa de receber depósitos da empresa devido à extinção ou rescisão do contrato de trabalho.

Antes, só tinha direito a sacar o FGTS de uma conta inativa quem estivesse desempregado por, no mínimo, três anos ininterruptos. Agora, a pessoa que pediu demissão ou foi demitida por justa causa até 31 de dezembro de 2015 vai poder sacar o saldo que ficou na conta.

Mais da metade dos trabalhadores (56%) tem, no máximo, R$ 500 para sacar, segundo o governo. Outros 24% têm saldo entre R$ 500 e R$ 1.500. Os dois grupos representam 80% do total de pessoas com direito a sacar o dinheiro. Os demais têm mais de R$ 1.500 a receber.

Célia Aquino, 59 anos, copeira, se encaixa no menor grupo, já que calcula que tenha a receber cerca de R$ 2 mil. Ela conta que ficou sabendo da possibilidade de sacar o dinheiro por meio de amigos. Entre seus planos está fazer uma viagem para a Bahia.

Para a família da estagiária Mariana Teixeira Gama, 27 anos, o dinheiro chegou em boa hora. O pai está desempregado e ela tem parcelas do cartão de crédito para pagar. “Tive cinco empregos com carteira assinada. Vou pegar o dinheiro e pagar minhas dívidas”, diz.

Já o microempresário Augusto Sitio, 23 anos, está ansioso pelo dinheiro porque seu último emprego com carteira assinada foi em 2015. Ele foi analista financeiro por dois anos. “Como estou começando um negócio quero investir nisso”, diz.

O engenheiro Benigno José dos Santos Neto, 59 anos, pretende usar o dinheiro para fazer a reforma no seu apartamento. “Não é bom pagar conta com esse dinheiro. É bom fazer investimento”, diz.

A treinadora comportamental Karolyne Peres, 30 anos, pretende poupar o valor colocando-o em outro tipo de investimento, já que o FGTS tem rendimento menor até que a poupança.

“Agora o dinheiro pode ser sacado, não está mais preso. Mas não tenho muitos planos, é melhor guardar um pouco e depois pensar no que fazer”, diz.

A assistente administrativa Elisabeth Alves Ribeiro da Silva, 49 anos, pretende pagar o curso de gastronomia que está fazendo. “E, quem sabe, o próximo curso que planejo fazer”, afirma.

Fonte: G1

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