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Ministério e PF desarticulam quadrilha de fraudadores do seguro-desemprego

Operação em sete estados resultou na prisão de 70 pessoas ligadas à organização, que desviou R$ 320 milhões dos cofres públicos

19/05/2017 09:23:43

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Ministério e PF desarticulam quadrilha de fraudadores do seguro-desemprego

Ministério e PF desarticulam quadrilha de fraudadores do seguro-desemprego

Ação conjunta entre o Ministério do Trabalho e a Polícia Federal, deflagrada na manhã desta quinta-feira (18), desarticulou uma quadrilha especializada em fraudes no Programa do Seguro-Desemprego, FGTS e Consórcios Públicos. A operação, batizada de Operação Stellio, foi realizada simultaneamente nos estados do Tocantins, Goiás, Pará, Maranhão, Roraima, Paraná e Santa Catarina, resultando na prisão de 70 pessoas.

A fraude se dava a partir do uso inadequado de senhas de agentes terceirizados que trabalhavam em agências do Sistema Nacional de Emprego (Sine). A investigação apontou um prejuízo superior a R$ 320 milhões, conforme dados de requerimentos fraudados entre janeiro de 2014 e junho de 2015.

O chefe da Assessoria de Pesquisa Estratégica do Ministério do Trabalho, João Naylor, ressaltou os benefícios da ação. “A desarticulação desta organização criminosa importará numa significativa redução em tentativas de fraudar o Programa de Seguro-Desemprego”, afirma Naylor. Além disso, ele reforça os esforços do ministério no combate a práticas fraudulentas. “Desde dezembro de 2016, o ministério conta com um sistema que identifica e bloqueia requerimentos com indícios de fraude”. Desde então, foram identificados mais de 24 mil pedidos de seguro-desemprego com indícios de irregularidades, o que representa economia de mais de R$ 135 milhões de reais aos cofres públicos.

A Justiça Federal em Palmas/TO determinou a prisão de 14 agentes e ex-agentes de Sines dos estados de Tocantins, Goiás e Maranhão que atuaram na inserção de milhares de requerimentos fraudulentos no sistema do Ministério do Trabalho. Também foi determinada a prisão de três ex-funcionários da Caixa Econômica Federal que facilitavam os saques dos benefícios fraudulentos por outros integrantes da organização criminosa.

Além disso, a Justiça determinou a indisponibilidade financeira de 96 pessoas integrantes da organização criminosa visando ressarcir o erário público pelos prejuízos, bloqueando o patrimônio dos envolvidos após a deflagração da operação. Os fatos em apuração configuram, em tese, os crimes de estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva, cujas penas somadas ultrapassam 50 anos.

A operação faz referência ao nome em latim stellionatu, estelionato, fraude, que veio de stellio, um tipo de camaleão que tem a pele com manchas que parecem estrelas. Stellio ganhou o sentido de trapaceiro, pela capacidade do animal de mudar a cor da pele para se confundir com o ambiente. Participam da operação cerca de 250 policiais federais. Ao todo foram cumpridos 136 mandados judiciais, sendo 70 mandatos de prisão, 56 de busca e apreensão, e 10 de condução coercitiva.

Sistema anti-fraude - O novo sistema de combate a fraudes no seguro-desemprego implantado pelo Ministério do Trabalho no final de dezembro identificou até o dia 17 de maio 24.237 pedidos fraudados, num total de R$ 135.600.089,00 bloqueados. Considerados os gastos com os pagamentos que ainda seriam realizados com as demais parcelas, a economia chega a R$ 384.616.910,00.
Maior estado do país em população e número de trabalhadores, São Paulo teve 5.620 pedidos fraudados já apurados pelo Ministério do Trabalho, seguido de Maranhão, com 4.762 casos, e Alagoas, com 2.423.

De acordo com o ministro Ronaldo Nogueira, o sistema permite acompanhar todo o processo entre o pedido do benefício e o pagamento feito pela Caixa. A plataforma vai permitir uma economia estimada em até R$ 1,3 bilhão aos cofres públicos em 2017. “Além de poupar recursos dos contribuintes, o combate às fraudes assegura que o benefício seja pago a quem realmente precisa, que é o trabalhador que perdeu o emprego”, afirmou.

 

Ministério do Trabalho
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Fonte: MTE

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