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Impostos fazem triplicar o preço do carro importado

A grande diferença de valores nas moedas pelos altos impostos no Brasil para a compra de automóveis importados.

17/08/2012 11:24

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Impostos fazem triplicar o preço do carro importado

O presidente da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), Flavio Padovan, rebateu o artigo publicado pela revista norte-americana "Forbes", que criticou o alto preço dos veículos no Brasil. Os importadores explicam que a razão para um Jeep Grand Cherokee custar US$ 28 mil nos Estados Unidos e US$ 89 mil no Brasil não é o lucro do vendedor nem a ingenuidade do consumidor, são os impostos.

No artigo, a Forbes classifica de "ridículo" o preço brasileiro, equivalente a R$ 179 mil. Segundo Padovan, um veículo hipotético importado por R$ 100 mil no exterior chega ao consumidor por um valor estimado de R$ 340 mil, ou seja, mais do que o triplo. Grande parte da alta, segundo ele, vem da tributação (veja as alíquotas ao lado). "O jornalista que escreveu isso certamente não conhece a carga tributária que incide sobre o veículo", disse.

Dados da Abeiva no cálculo para chegar ao preço hipotético apontam margens de 7,5% para as importadoras e 10% para as concessionárias, que não estão sendo aplicadas, de acordo com o executivo, por conta da crise das importadoras. Desde abril, o governo ampliou a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre os automóveis importados em 30 pontos percentuais. A Abeiva agora negocia uma cota de veículos que possam ser importados com a alíquota anterior.

Vendas despencaram. Com imposto maior e dólar em alta, a venda de veículos importados caiu 41,5% em julho deste ano (10,7 mil carros) ante o mesmo mês do ano passado, quando foram comercializadas 18,3 mil unidades. Em relação a junho deste ano, quando foram negociadas 11,2 mil unidades, as vendas no mês passado recuaram 4,1%.

Desde abril, quando o IPI subiu, a Abeiva estima que já cortou 5.000 dos 10 mil postos de trabalho previstos para serem fechados nas importadoras e concessionárias até o final de 2012.

Fiat espera queda leve no mercado

São Paulo. O presidente da Fiat Brasil, Cledorvino Belini, afirmou que o fim da desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o setor automotivo, previsto para acontecer no dia 31, trará uma queda momentânea nas vendas de veículos no país. "Receber o benefício tem incentivado as vendas e, caso não haja renovação, deve haver uma queda momentânea", afirmou.

Belini destacou que, apesar da redução do IPI, o governo arrecadou mais com o PIS/Cofins, ICMS e IPVA. "Na somatória dos impostos, (a conta) fechou praticamente a zero", disse.

Fonte: O Tempo Online

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