Exato, Adriano. O mais chato de tudo são os remendos, o cachorro correndo atrás do rabo sem parar.
Vem um político e espalha para todo mundo: com o Simples você não vai precisar fazer isso e aquilo - mas, o CPC diz outra coisa, e, lá na frente, você vai pagar dobrado.
Mesma coisa, lucro presumido: ora, o nome presunção diz que seu lucro foi presumido assim e assado, ficando você desobrigado de apresentar escrituração regular para comprovar etc etc - mas, depois, se invoca o CPC para exigir dos incautos (eu fui um deles) que se deve, de qualquer forma, apresentar uma escrituração regular etc etc
É um eterno "jogar para a torcida", entre os burocratas estatais e os políticos legisladores.
Enquanto os empresários não deixarem de ser tratados como cidadãos de segunda classe; enquanto o lucro for anátema, jamais o Brasil será um país desenvolvido - venho dizendo isso há muito tempo atrás (com pleonasmo e tudo).
Como exemplo: já imaginou um empreendimento brasileiro do tipo Pawn Stars (no Brasil, foi traduzido como TRATO FEITO), onde, às claras, se apregoa a possibilidade de se "ganhar muito dinheiro", com taxas de até 500%? Com a hipocrisia reinante no pensamento socialista brasileiro - uma delas é "ter que se ter um lucro justo", nos moldes do pensamento católico da idade média - o cara que fizesse isso seria preso no outro dia por atentado à economia popular, por se aproveitar de quem foi vender algo para conseguir dinheiro etc etc
Eu, pessoalmente, após uns 50 anos de labuta no comércio, não creio viver ainda para ver alterações no pensamento brasileiro, de ver o Brasil desenvolvido. Vai ficar para os netos, isto é, se houver mudanças ao se encarar o comércio, se parar de se pensar no lucro como coisa do Satanás.