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A maneira “fast-food” de aumentar os lucros

Opinião sobre uma visão hipotética sobre uma possível metodologia de elevação indireta de lucros

03/09/2015 15:18

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A maneira “fast-food” de aumentar os lucros

Talvez você já tenha parado para pensar no que procurarei abordar nesse artigo, mas acredito que você concordará com essa breve transmissão de pensamento.

Em tempos de bonança econômica e em tempos de crise uma coisa é sempre perseguida por todas as empresas com fins lucrativos: o lucro. A diferença é que nesses diferentes cenários econômicos as estratégias podem ser diferentes. Geralmente, em tempos de crise, como estes pelos quais o Brasil está passando, é normal e salutar que as empresas busquem a otimização do seu processo produtivo em virtude de possíveis baixas nas vendas e consequentemente do seu faturamento. Isso sim é matemático. Mas sem novidades até agora não é mesmo? Tudo bem, vamos lá!

A prática da moda é planejamento base zero. Cabe registrar, que quando menciono planejamento, estou me referindo de planejamento financeiro. O que reforça essa tendência, de acordo com pesquisas realizadas por informativos cuja finalidade é de avaliar o termômetro de profissões de sucesso e da tendência, mostram que os profissionais mais aproveitáveis e demandados nessas épocas são aqueles envovidos justamente no processo de planejamento, controladoria e controle financeiro. Meio lógico isso não? Afinal de contas, quando precisamos fechar as torneiras, nós mesmos o fazemos, ou então contratamos alguém para fazer esse trabalho. Pois bem! Planejamento base zero, é aquele planejamento que desconsidera qualquer base histórica no estudo dos custos e das previsões orçamentárias, mas considera sim a necessidade de buscar sempre novas soluções para contunar cumprindo as suas metas com menos recursos ou com a diminuição de custos. Teoricamnte isso é fácil, mas na prática, isso não é. Todavia, uma empresa específica de fast-food me chama muito a atenção há algum tempo. Me refiro à empresa especializada na confecção e venda de hambúrgueres cujo mascote é um palhaço vermelho e amarelo.

A empresa epígrafe decidiu adotar uma estratégia interessante e ousada que alguns de nós não maldou ao se deparar com essa estratégia. Ora, pensemos que o preço de um dos seus lanches mais vendidos, o que tem duas carnes, é tão importante que serve até como parâmetro para avaliações macroeconômicas, bem como para a avaliação da qualidade de benefícios dados por algumas empresa à título de vale refeição. Ou seja, a pergunta a ser feita é: o vale refeição pago pela contratante, aos seus funcionários, cobre o valor de um lanche combo do “Big Mac”? Se sim, parabéns! Você recebe o suficiente para garantir que se quiser fazer uma estravagância calórica, você poderá cobrir as despesas. Porém, caso o seu benefício tenha valor inferior ao do preço da “promoção” nº 1 do restaurante do famoso palhaço, você tem fortes argumentos para conversar com os responsáveis pelo pacote de benefícios na empresa que você trabalha. Isso quem fala não sou eu. Estou apenas comentando sobre uma prática de mercado.

Bom, partindo do pressuposto que o preço do famigerado sanduíche tem tamanha importância, e que se trata do principal produto de venda do restaurante, sendo comparável até aos veículos Celta, Gol e Pálio para as suas montadoras, não é muito sábio que o valor do sanduíche tenha uma elevação muito grande, afinal de contas, o sanduíche é gostoso, mas podemos viver sem ele. Assim, o que considero até uma estratégia muito bem sucedida se fez visível aos meus olhos. Deixe-me lembrar, que no lançamento do tão citado sanduíche o que me chamava bastante a atenção é que o tamanho do hamburguer era imenso. Eu mal podia comer um.

Acontece que o tamanho do sanduíche vem diminuindo cada vez mais, mesmo que o preço se mantenha basicamente o mesmo ou sem alterações severas. Mas, quando falo de tamanho do produto, eu prefiro acreditar que entre achar que a minha fome aumentou ou que o tamanho do sanduíche diminuiu, a segunda hipótese é a mais correta. Mas o que estou querendo de fato levantar? Custos! Vamos pensar o seguinte: se eu quiser aumentar a lucratividade de um produto sem mexer no seu preço de venda, a minha saída é diminuir os custos. Nesse caso, pelo menos para mim está muito claro que o que venho levantando sobre o tamanho do sanduíche se trata fatidicamente de uma estratégia adotada pela rede de fast food.

Sem deixar o lúdico de lado, lembro também que essa dierença entre o que se “vende” com a propaganda e o que se entrega na realidade já foi motivo de um ataque de revolta do personagem William Foster, interpretado pelo ator Michael Douglas, no filme “Um dia de fúria” ou Falling Down que, quando recebeu o sanduíche e o comparou com a foto apresentada no galpão do restaurante, não exitou em reclamar e pedir entusiaticamente que o seu produto fosse igual ao propagado na foto. Ainda bem que a nossa realidade não se parece em nada com a do sr. William Foster, não é mesmo? Se acaso fosse, as nossas tão bem preparadas polícias não dariam conta de tantos casos de surto pela busca inconsequente de alguns centímetros a mais de pão, carne e verduras.

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