Muito têm se falado do aviltamento na cobrança dos honorários contábeis por parte de alguns profissionais contábeis e de fato nota-se que a situação é recorrente Brasil afora, maculando a imagem de um segmento que é (ou deveria ser) de grande representatividade no cenário nacional.
Posso citar pelo menos duas causas: as faculdades formam um sem número de profissionais, onde o recém formado normalmente quer construir sua carteira de clientes sem se importar muito com valores dos serviços a serem cobrados. Como segunda causa, diria que boa parte dos contribuintes acha que o profissional contábil é colaborador secundário, pouco se utilizando das informações por ele geradas; não raro, demonstra estar pouco preocupado com a qualidade dos serviços prestados.
Em contrapartida, os custos fixos de um escritório de contabilidade se mantêm em patamares crescentes (investimentos com colaboradores, sistemas, revistas, site, cursos, além de despesas com eventuais multas assumidas de clientes por erros e omissões), fazendo com que muitas vezes as contas não fechem no final do mês, notadamente nessa época de turbulência econômica no Brasil
Talvez seja a hora de repensarmos nosso papel como profissional contábil, já que se faz mais do mesmo.
MUDAR PARA CRESCER
Penso que falta um diferencial: assessoria contábil propriamente dita. com planejamento tributário e tudo mais. O contribuinte continuaria com seu próprio contador(a), já que o objetivo passaria a ser realizar trabalho de assessoria onde sabemos que poucos profissionais se alertaram para essa oportunidade.
Aquele(a) profissional que conta com mais experiência, pode oferecer esse serviço complementar sem ter que ser necessariamente operário da contabilidade, situação que normalmente trabalha-se mais para prestar informações ao governo e menos ao cliente. Não por sua culpa, mas questão de tempo.
Cientes devemos estar de que o caminho para essa transformação de vidraça em estilingue é longo e tortuoso, onde ao deixarmos um pouco nossa zona de conforto, seremos diferencial no mercado, contribuindo para que tantas empresas não fechem as portas em tão curto espaço de tempo por falta de planejamento e estratégia.
Se o primeiro trabalho for bem feito e entendido pelo empresário, seguramente surgirão propostas subsequentes.
Finalizando, diante da resiliência que devemos ter frente à realidade atual, é chegado o momento de plantar as primeiras sementes desse projeto... e batalhar para que a médio prazo surjam os primeiros frutos.
MUDAR para CRESCER. E permanecer no mercado.