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Mas eu preciso mesmo planejar? E se o plano der errado?

Precisamos aprender a planejar e manter o foco para que nossos negócios prosperem, lucrem e perpetuem. O improviso não cabe mais - e nunca coube - para os empresários bem sucedidos!

19/02/2018 10:10

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Mas eu preciso mesmo planejar? E se o plano der errado?

Mas eu preciso mesmo planejar? E se o plano der errado?

Ah, a cultura brasileira que gosta de um improviso fica incomodada quando o tema Planejamento vem para a mesa! Mas antes que algum julgamento aconteça, é preciso entender que a formação do nosso país partiu exatamente de um planejamento que trouxe resultados melhores do que o esperado. Sim, os dados históricos são claros em revelar que Portugal via no Brasil o cenário de médio prazo como uma fonte de recursos que a área territorial lusa não dava conta: solo extenso, rico e com minérios importantes. Havia um planejamento, embora para muita gente pareça que fomos colonizados ao acaso – e esta crença da improvisação foi perpetuada pelos livros e por séries de Televisão – mas o fato é que tudo que prospera parte de um plano, sendo que há liberdade criativa de ajustar o plano conforme o cenário onde se desenvolve.

Muitos empresários brasileiros ouviram histórias de gente que começou um negócio por necessidade, seja porque perderam o emprego ou por um dinheiro extra frente aos compromissos e assim acreditam que o improviso e o “sair fazendo” vão dar conta do recado. Provérbios como “o que não tem solução resolvido está” acabam sendo compreendidos de forma equivocada e com isso questões relevantes não ganham o tempo requerido para serem analisadas visando chegar a uma solução. Tudo isso para entender que, sim, nós empresários precisamos de planejamento – e isso é bem diferente de um engessamento.

O planejar para o nosso negócio e mesmo para nossa vida pessoal é o que faz o foco, a persistência e a resolução deixarem de ser palavras e se tornem prática de resultados. Tirar uma manhã para analisar os rumos do seu negócio, olhar com frieza os números e criar uma rota de navegação para atingir um objetivo segue os passos abaixo:

1. Enxergue sua empresa e sua atuação como quem olha uma história que não é a sua – Esta etapa é a mais difícil porque as sabotagens são comuns: “não tenho como parar para fazer isso”, “é coisa de desocupado, ficar pensando não põe cliente na empresa” entre outras frases costumam habitar o pensamento. Se a sua rotina está sobrecarregada, já temos aí algo errado, mas sem sair do foco, tire uma parte do dia, preferencialmente uma manhã para olhar por no mínimo duas horas o histórico da sua empresa, o quanto rendeu, quanto teve de retorno se por exemplo o mesmo dinheiro fosse aplicado no mercado financeiro. Seja o auditor da Receita na sua empresa, e analise sobretudo o seu comprometimento com o negócio. Nada de vítima ou de vilão: perceba como tem atuado, enxergue a si como o funcionário de você mesmo e avalie se merece uma “promoção”, ou pede uma “correção”. Isso é algo para ser feito por você primeiramente, e depois proposto aos seus sócios, se tiver.

2. Todo dia é tempo de começar algo novo, mas empregando o que já existe – Nada de querer largar tudo ou considerar que seu negócio é um caso perdido. Não faltam exemplos de empresas que iam mal das pernas que, com uma gestão eficiente e focada, reverteram o quadro para lucratividade e resultados positivos. Faça o mesmo com a sua ou melhore o retorno tendo em mente que não se trata de procurar culpados, mas ter direcionamento em enxergar as forças e fraquezas do seu negócio. Olhe os competidores, os concorrentes com olhar neutro, como quem quer aprender (e não julgando méritos); pense em como inovar dentro do que já existe. Coloque NO PAPEL, POR ESCRITO. Nada de ficar com as ideias na cabeça e depois esquecer tudo, com a desculpa da falta de tempo.

3. Crie o plano sabendo que sim, vai errar – Um avião decola neste instante junto com muitos outros, milhares que cruzam o céu deste planeta. Todos eles tem um plano de voo que é ajustado durante o voo, levando em conta instabilidades e eventualidades, que vão desde nuvens carregadas eletricamente a aves em altitude inesperada. A vida empresarial é como este voo: terá incertezas e mudará constantemente, mas tem uma rota desenhada para chegar mais longe. Planejar não significa criar o “plano infalível e imexível”. É o mapa que levará seu negócio a persistir mesmo com adversidades, criará oportunidades onde antes estava um cenário estagnado. Vai ter que ajustar sem perder o objetivo. É um exercício de humildade e disciplina.

4. Persista no que decidiu que fará diferente e mantenha o foco – A empresa tem de ter missão, visão e valores, sendo que estes precisam ser conhecidos de todos os envolvidos até porque a empresa é um ente maior que as pessoas que o compõem. Saber qual a visão da empresa e o planejamento para atingir esta tríade com resultados é o que vai dar a força nos momentos difíceis – sim, não é só a sua empresa que lida com dificuldades – e evitará a tentação de querer mudar tudo no primeiro obstáculo. Reveses acontecerão, tanto internamente na empresa como no cenário externo, mas o plano original precisa ser o mapa de como chegar onde se definiu: a meta.

Tudo isso citado vale para a vida pessoal, tanto para quem empreende como para quem é colaborador de uma empresa. A carreira de quem está empregado pede esta percepção, e quem pretende entrar para uma empresa ou o mundo corporativo precisa vir sabendo que tudo que é feito tem uma finalidade: gerar retorno, novos negócios e satisfação dos envolvidos. Querer alcançar isso por golpes de sorte ou “contando com a astúcia”(como diz o personagem mexicano cujo criador era um grande planejador de sucessos, Roberto Gómez Bolaños), ficará à mercê da vida dentro do barril dos sonhos, um caminho acomodado que leva ao fracasso.

 

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