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MATRIZ e FILIAL - Pagamento de contas

Everton Rinaldi

Everton Rinaldi

Prata DIVISÃO 4, Contador(a)
há 8 anos Quinta-Feira | 3 março 2016 | 16:08

Boa tarde.

Peço a ajuda dos amigos.
Considerando 2 empresas, uma matriz e a outra filial, a matriz pode pagar contas da filial (e vice-versa)?
Se sim, por exemplo, a matriz pagou o aluguel da filial, como eu contabilizo isso?

Telmo Biehl

Telmo Biehl

Ouro DIVISÃO 2, Account Manager
há 8 anos Quinta-Feira | 3 março 2016 | 20:04

oi, sim isso pode acontecer, vamos aos passos

d: aluguel a pagar (passivo circulante\obrigações c/ filial)
c: banco c/c. (ativo circulante \disponibilidades c/ matriz)
valor referente nosso pagamento aluguel filial...
$$$

d: empréstimos a receber (ativo circulante\créditos e valores c/ matriz)
c: empréstimos a pagar (passivo circulante\obrigações c/ filial)

boa noite!

Saulo Heusi
Usuário VIP

Saulo Heusi

Usuário VIP , Não Informado
há 8 anos Quinta-Feira | 3 março 2016 | 22:34

Boa noite Everton,

Considerando 2 empresas, uma matriz e a outra filial, a matriz pode pagar contas da filial (e vice-versa)?

Tal como o Telmo lhe orientou, o fato citado por você pode ocorrer (e normalmente ocorre) sim.

Aqui utilizamos contas correntes no "Não Circulante" tanto na matriz quanto na filial, fica mais fácil a conciliação e a futura consolidação (Balanço Patrimonial Consolidado).

Tenha em conta apenas que não se trata de duas empresas e sim de uma (única) empresa com uma filial.

...

Paulo Ricardo de Freitas

Paulo Ricardo de Freitas

Prata DIVISÃO 5, Contador(a)
há 8 anos Sexta-Feira | 4 março 2016 | 08:02

Bom Dia!

No meu sistema as contas patrimoniais já são integradas, por exemplo, apenas uma conta analítica"Banco C/ Movimento"
O que diferencia no caso entre matriz e filial é que dentro dessa conta, constam 'subcontas' denominadas 'Entidades', onde eu tenho Banco X Mtz e Banco X Fl.

Funcionam como subcontas contábeis.

Nesse caso também preciso fazer essa transferência separando os valores?
Pois no lançamento das obrigações, são provisionadas separando as contas de resultado entre mtz e filial, ja as contas patrimoniais acontece muito de pagar com disponibilidades da matriz, gastos da filial.

Quando vou emitir relatórios, consigo separar as contas entidades entre matriz e filial, gerando demonstrativos separados ou conciliados.

Gostaria de saber se tal pratica é permitida, pois pelo fato de conciliação, não tenho problemas quanto a isso pelo sistema ser bastante integrado.

Empresa é do ramo varejista(supermercados) e utilizo sistema Consinco

Saulo Heusi
Usuário VIP

Saulo Heusi

Usuário VIP , Não Informado
há 8 anos Sexta-Feira | 4 março 2016 | 14:01

Boa tarde Everton,

Não utilizamos as contas citadas pelo Telmo, "empréstimos a Receber" e "Empréstimos a Pagar" porque as consideramos impróprias já que a empresa não empresta dinheiro para ela mesma.

Pelo pagamento do aluguel da Filial pela Matriz:

Na Matriz
D - Conta Corrente - Filial 01
C - Caixa ou Bancos conta movimento

Na Filial
D - Contas a Pagar - Nominal
C - Conta Corrente - Matriz

Notas:
Todas as transações entre Matriz e Filiais são lançadas nestas contas, em princípio localizadas no Passivo Não Circulante.
Ao final de cada mês se o saldo for negativo, transfere-se para o Ativo Não Circulante.
No Balanço Consolidado confronta-se novamente o saldo de ambas (Matriz e Filial) com vistas a deixá-lo único no Ativo (se devedor) ou Passivo (se credor)

No sistema contábil que utilizamos, a matriz será a empresa 1 e as filiais empresas 2,3,4, etc. Desta forma temos condições de emitir as Demonstrações Contábeis individuais (Matriz e cada Filial) e também as consolidadas (soma de todas).

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Everton Rinaldi

Everton Rinaldi

Prata DIVISÃO 4, Contador(a)
há 8 anos Sexta-Feira | 4 março 2016 | 15:06

Davi, obrigado, vou ver.

Saulo, entendi o raciocínio. Mas uma dúvida, vamos supor que no mês só tivesse isso no valor de 1.000,00.

No lançamento da matriz, a conta débito "Conta corrente filial 1" não seria no Ativo Não Circulante?
Pois aí no lançamento da filial, a conta crédito "Conta corrente matriz" seria no Passivo Não Circulante, certo?

Aí ao encerrar o mês e fazer a consolidação, ficaria 1.000,00 na "Conta corrente filial 1" (ANC) e ficaria 1.000,00 na "Conta corrente matriz" (PNC), não seria isso ?

Saulo Heusi
Usuário VIP

Saulo Heusi

Usuário VIP , Não Informado
há 8 anos Sexta-Feira | 4 março 2016 | 22:25

Boa noite Everton

Exatamente!

Leia atentamente o que coloquei em "Notas":

Todas as transações entre Matriz e Filiais são lançadas nestas contas, em princípio localizadas no Passivo Não Circulante.
Ao final de cada mês se o saldo for negativo, transfere-se para o Ativo Não Circulante.


Isto porque levei em consideração que normalmente existem várias (e não uma única) transação deste tipo, inclusive pode ocorrer o reembolso para Matriz do dinheiro dado em pagamento da filial e vice-versa. Daí a necessidade de no final do mês efetuarmos transferências para que não fique saldo credor no ativo ou devedor no passivo.

Mas (é claro) você tem razão!
Principalmente se estivermos falando de uma única transação, pois neste caso você terá condições de antecipadamente saber se o lançamento correto deverá ser feito no ativo ou no passivo não circulante. Mas (repito) imagine que hajam várias transações diferentes, que a filial pague uma conta da matriz e que no mesmo mês aconteça o inverso, ou seja, que a matriz pague alguma despesa da filial em valor menor (ou maior) do que a filial havia pago, em que conta você lançaria tais eventos?

Aqui tomamos por base sempre lançar no Passivo Circulante e posteriormente fazermos a conciliação e as devidas transferências, nada o impede de agir de forma diferente.

...

Everton Rinaldi

Everton Rinaldi

Prata DIVISÃO 4, Contador(a)
há 8 anos Domingo | 6 março 2016 | 01:50

Certo Saulo.

Uma última coisa sobre o que você disse na primeira mensagem:
"No Balanço Consolidado confronta-se novamente o saldo de ambas (Matriz e Filial) com vistas a deixá-lo único no Ativo (se devedor) ou Passivo (se credor) "

Pelo que entendi ao ler isso é que ao consolidar, só irá ficar uma conta com saldo (seja no ativo ou no passivo).
Mas de qualquer forma, não seriam sempre 2 contas que ficarão com saldo? Sempre terá uma conta no ativo e outra no passivo que terão o mesmo saldo, não é?

VALDINEI JOSE DE SOUZA

Valdinei Jose de Souza

Prata DIVISÃO 2, Contador(a)
há 7 anos Quarta-Feira | 15 fevereiro 2017 | 12:48

Caríssimos colegas Everton e Saulo,


Auxilio na escrituração contábil de uma pequena empresa optante pelo simples nacional que possui matriz e filial.
A contabilização é realizada individualmente por estabelecimento e ao final do exercício (anual), realizo a consolidação do Balanço Patrimonial.
Para registrar as transferências de mercadorias ou numerários, neste caso especifico, sempre da matriz para a filial, utilizo a "conta corrente matriz/filial" .
Ocorre que com o passar dos anos, devido aos lançamentos no "conta corrente matriz/filial", o valor total ativo da matriz esta aumentando e consequentemente o passivo da filial na mesma proporção.
No Balanço Patrimonial Consolidado, seguindo este ritimo de crescimento dos direitos da matriz perante a filial e respectivamente dos deveres da filial com a matriz, com o decorrer dos anos, considerando o principio da continuidade, o total do ativo e passivo atingirá cifras milionárias.
Assim como o Everton discorreu, quando do levantamento do Balanço Patrimonial Consolidado, restam saldo nas duas contas de valores iguais diferenciando apenas em sua natureza, Devedora no Ativo e Credora no Passivo.
Considerando o aumento anual destes saldos deixo a pergunta: Existe alguma previsão legal na legislação tributária ou norma contábil que permita de alguma forma a baixa dos valores dessas contas "correntes matriz/filial" no ativo e passivo afim de evitar o aumento anual dos saldos com reflexos no total do ativo e passivo ao elaborar o Balanço Patrimonial da entidade?

Valdinei José de Souza, bacharel em Direito pela Fundação Eurípides Soares da Rocha – UNIVEM Marilia – advogado inscrito na OAB SP (consultoria tributária), bacharel em Ciências Contábeis pelo Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto, contador com registro no CRC SP, gerente de departamento fiscal e contábil em escritório de contabilidade, palestrante e instrutor de cursos livres na área tributária.

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