x

FÓRUM CONTÁBEIS

CONTABILIDADE

respostas 2

acessos 464

Código de ética

LEONARDO GASPARINI

Leonardo Gasparini

Prata DIVISÃO 3, Contador(a)
há 7 anos Segunda-Feira | 22 agosto 2016 | 12:07

Prezados colegas.

Estou no mercado a aproximadamente 3 anos. Somos em três profissionais e atualmente temos uma carteira de 16 clientes. Como possuímos uma estrutura ainda pequena, sem funcionários, num local modesto, nosso custo de funcionamento é baixo, o que nos possibilita cobrar valores baixos, mas justos, de nossos clientes. O perfil de nossa clientela são pequenas empresas, com no máximo 10 funcionários, enquadradas no SIMPLES ou Lucro Presumido. É o perfil que escolhemos trabalhar e nos especializar.
Tínhamos 21 clientes, mas em decorrência dessa crise toda pela qual passa o país, perdemos 5, todos por encerramento das atividades.
Prestamos um serviço sério, ético, transparente e de boa qualidade.
Antes do fim de 2016, projetamos captar mais 10 clientes (no máximo 15) para compor nossa carteira, sem comprometer o bom atendimento, mantendo a mesma estrutura. Iniciaremos uma campanha de divulgação através de distribuição de portfólios, folder e principalmente visita in loco ao comércio local, na tentativa de trazê-los para nosso escritório.
Um dos atrativos para novos clientes, além dos valores especiais (após avaliação da demanda de serviços a serem executados) será a oferta de gratuidade nas duas primeiras mensalidades para aqueles que assinarem um contrato inicial de 2 anos.
Na opinião dos nobres colegas, estaremos nós ferindo algum código ou ética profissional da classe?
Vale observar, que dos nossos clientes, aqueles que já existiam no mercado e vieram de outros escritórios, nenhum deles foram captados com \"leilão\" de valor de honorários. Fazemos orçamento de valores sem nunca ter conhecimento do valor que pagavam na época aos seus respectivos contadores. Somente após fecharmos, tomamos conhecimento deste valor. Tanto que nunca tivemos rusgas com colegas ao captarmos estes clientes.

Atenciosamente.

MARIO V. DIAS

Mario V. Dias

Prata DIVISÃO 4, Contador(a)
há 7 anos Quarta-Feira | 24 agosto 2016 | 09:54

Leonardo,

Aqui no RS, não é praxe utilizarmos este tipo de procedimento ( visita in loco).
Acredito que o melhor caminho é não usar a visita in loco, pois poderia alguns colegas alegar falta de ética principalmente pelo "assédio" e por estarem ainda abrindo mão de honorários nos primeiros meses, o que de certa forma poderá aviltar o preço.
Quanto a propaganda por folders, etc..., não vejo nada de anormal.

LEONARDO GASPARINI

Leonardo Gasparini

Prata DIVISÃO 3, Contador(a)
há 7 anos Quarta-Feira | 24 agosto 2016 | 11:32

Prezado Mario.

Muito obrigado por sua contribuição.
A questão da visita in loco, não me expressei de forma correta. O objetivo da visita é mesmo a distribuição do portfólio, e não o "assédio" propriamente dito, apesar de já ser um assédio...rsrs... Quanto a isso estou tranquilo, pois nossos clientes são constantemente assediados, inclusive por contadores ou empresas de R$ 49,99 que estão cada vez mais surgindo no mercado.
Mas não é nossa praxe. O que fazemos é oferecer os serviços, e mediante uma solicitação de orçamento, apresentamos os valores. Não perguntamos o valor que eles pagam atualmente, pois a informação que eles dão pode não ser verdade e apenas para que, na intenção de cobrir, ofereçamos um valor ainda menor. Aí vira "leilão".
Por exemplo, quando um cliente chega pra gente e diz que outro contador ofereceu serviços por um valor "x" que está abaixo (ou bem abaixo) do que o que cobramos, nossa reação é alertá-lo da qualidade versus preço e se realmente valerá a pena a mudança. Não nos opomos. Ao contrário, até deixamos a critério dele decidir, pois não baixamos o valor. Obviamente que ficamos com receio do cliente resolver partir, mas entendemos que ao agir assim estamos nos valorizando como profissionais ao não entrarmos em joguetes ou leilão de preços.

Vou dar outro exemplo: Uma proprietária de escola, através de indicação, que buscou por considerar que não estava sendo bem atendida pelo contador com o qual ela tinha contrato, entrou em contato conosco e solicitou uma visita. Fomos lá e fizemos todo um levantamento da situação da empresa, para efetuar o orçamento. De cara, verificamos que ela pagava um valor mensal de imposto (pelo SIMPLES) elevadíssimo, pois tinha um faturamento elevado (óbvio). O detalhe era que o contador deles lançava o valor do faturamento simplesmente fazendo a conta nº de alunos x valor da mensalidade. Obviamente que isso não retratava a realidade, pois ela tinha um índice considerável de inadimplência, o que fazia seu faturamento despencar. Somente com uma mudança de regime de competência para regime de caixa, poderíamos lançar, de fato o real faturamento, ou seja, o que efetivamente era recebido. Resumindo, de aproximadamente R$ 15.000,00 mensais, reduzimos para aproximadamente R$ 9.000,00 mensais de SIMPLES, o que dava uma economia de R$ 72.000,00 aproximadamente, por ano. Sem falar que propomos um valor de honorários, que ao final das contas, era 25% mais baixo que o que eles pagavam, sem comprometer a qualidade do serviço. Ao contrário, houve uma melhora nos serviços. A questão dos valores de honorários, como expus na pergunta inicial do tópico, foi diretamente proporcional à nossa estrutura. A do colega era muito maior e seus custos obviamente eram bem maiores. Mas o que encantou o cliente foi a questão do planejamento tributário que ofertamos. Ainda que fôssemos cobrar mais caro que o anterior, fecharia conosco.

Mais uma vez agradeço sua opinião e colaboração.

Abraços.

O Portal Contábeis se isenta de quaisquer responsabilidades civis sobre eventuais discussões dos usuários ou visitantes deste site, nos termos da lei no 5.250/67 e artigos 927 e 931 ambos do novo código civil brasileiro.