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Criar uma empresa viral é um bom negócio?

A cada explosão de visualizações e comentários nas redes sociais a respeito de um evento qualquer, muitos empreendedores carentes de capital, mas cheios de ideias inovadoras, gostariam de vivenciar a mesma audiência. Não é fácil.

17/04/2014 11:14

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Criar uma empresa viral é um bom negócio?

A cada explosão de visualizações e comentários nas redes sociais a respeito de um evento qualquer, muitos empreendedores carentes de capital, mas cheios de ideias inovadoras, gostariam de vivenciar a mesma audiência. Não é fácil.

Porque a concorrência com as situações virais na internet, seja um vídeo ou um fato do cotidiano, têm sempre o componente do humor, do escândalo e do inesperado.

Não precisamos comprometer nossos projetos vinculando nossa marca e, principalmente, nossos propósitos, com humores duvidosos ou apelando para escândalos.

Mas podemos criar um pequeno grupo de trabalho com nossos sócios, colaboradores mais diretos e clientes que nos levam a sério a ponto de aceitarem um convite para trocar ideias estratégicas.

E, a partir dessa troca de ideias, criar uma sequência de fatos inesperados para contagiar nossa clientela.

Mas como me ensina Celso Amâncio, ex-diretor de crédito da Casas Bahia e ex-presidente do Banco Carrefour, no Brasil, uma empresa só contagia os clientes se seus funcionários forem contagiados antes.

De maneira sistemática a ponto de deixar claro para cada contato que esses funcionários estabelecem, dentro e fora da companhia, que assumem, de verdade, o presente e o futuro da empresa.

É dessa interação permanente entre profissionais que são respeitados a ponto de provar sua alegria de participar das estratégias da empresa, de honrar seus produtos e serviços, de apostar em relacionamentos honestos com a clientela que surgirão vários fatos surpreendentes.

Quando a dúvida do cliente é, de verdade, uma dúvida assumida pelo profissional que o atende, se concretiza uma situação inesperada. Que será comentada em casa e nas vizinhanças, divulgada nas redes sociais e que impressionará, acredite, clientes que ainda não estão no seu radar.

Por que, então, os empreendedores, mesmo com pouco capital, preferem gastar o que não têm para alavancar sua presença nos algoritmos de busca da internet?

Talvez a resposta esteja no fato de, ao apostarmos numa empresa viral, tenhamos de nos envolver de corpo e alma primeiro com nossos parceiros de negócio. Sejam eles fornecedores, colaboradores ou essa nuvem indeterminada que chamamos de clientela.

Mesmo quando uma nova empresa surpreende de maneira viral sua cadeia produtiva, mais do que certeza e apoio, gera dúvidas. Afinal, é uma raridade isso acontecer.

De novo, é exatamente por ser raro, que o empreendedor que investir sua vida nas vinculações com seus fornecedores e pessoal de apoio, acabará, com o tempo, transformando sua empresa ou sua marca numa repetição viral.

Um empreendedor que não tenha o constrangimento de copiar, descaradamente, Vinícius de Moraes, quando escreve: "No tempo do quando, poesia é fundamental/É preciso que haja qualquer coisa de louco e lírico em tudo/Uma saudade inesperada, um  escocês ao alcance da mão e/uma larga esperança de um mundo mais decente".

Será que conseguimos gostar de nossa empresa, de cada etapa que a torna real, desde o fornecedor até o cliente que não conhecemos, a ponto de nos entregar, até mesmo poeticamente, àqueles e àquelas que se aproximam do nosso empreendimento?

Para comprar, para vender, para nos ajudar a nos tornar virais? A ponto de criarmos "uma larga esperança de um mundo mais decente"?

Fonte: Uol

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