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Carreira: Só 37% dos gestores dizem que a graduação ajuda no trabalho

As empresas exigem profissionais cada vez mais especializados e preparados, e a graduação muitas vezes, de acordo com os especialistas, não consegue acompanhar e dar aos profissionais as capacidades técnicas necessárias.

27/07/2015 09:05

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Carreira: Só 37% dos gestores dizem que a graduação ajuda no trabalho

Carreira: Só 37% dos gestores dizem que a graduação ajuda no trabalho

“Hoje não dá mais para esperar quatro ou cinco anos para se formar na graduação e ir trabalhar. Você precisa estagiar logo”, explica o consultor da Deloitte, Ricardo Teixeira. Mais que isso, de acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) em parceria com a Deloitte, apenas 37% dos executivos que responderam à pesquisa indicaram que a graduação ajudou nas competências técnicas da função, enquanto que 50% disseram que a pós-graduação foi decisiva nesse momento.

As empresas exigem profissionais cada vez mais especializados e preparados, e a graduação muitas vezes, de acordo com os especialistas, não consegue acompanhar e dar aos profissionais as capacidades técnicas necessárias. A pesquisa, que focou em executivos e profissionais da área financeira, aponta respostas vistas também em outras áreas.

“O mercado tem evoluído muito rápido, a cada dia você tem novas tecnologias auxiliando antigas funções, e a universidade funciona com outro tempo, não consegue passar esse conhecimento técnico mais atual”, explica Teixeira. Investir em cursos e certificações, mesmo durante a graduação, são essenciais para boa colocação no mercado.

“No mercado atual existem muitas pessoas com graduação no currículo, qualquer um pode fazer uma faculdade e isso não é mais diferencial”, conta a coordenadora da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Kátia Lanuza. De acordo com a profissional, que atua como coordenadora de grupo e gestão de pessoas, por esse motivo “naturalmente” quem é escolhido para uma vaga numa seleção é aquele que tem mais experiência.

Muitas das experiências podem estar na própria universidade. Atualmente atuando como consultor empresarial da Deloitte, o administrador Yuri Caires afirma que o diferencial em sua carreira foi sua participação na empresa júnior da faculdade, instituições que costumam funcionar como laboratório para os estudantes. “É uma forma de se aproximar do mercado. A empresa júnior conseguiu me preparar de alguma forma para o mercado, e nada daquilo eu estava vendo na própria sala de aula”.

De acordo com Kátia, os estágios podem ditar o sucesso do recém-formado quando for para o mercado de trabalho. “É a partir desse tipo de experiência que as empresas vão te julgar capaz ou não”, afirma.

Teixeira afirma que os estágios, assim como os programas trainees, é uma forma de levar o conhecimento técnico para dentro da graduação. “Logo depois é fazer pós-graduação e investir em certificações para nichos”, explica.

Fonte: UOL

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