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Pesquisa aponta que maioria dos brasileiros acredita que impostos arrecadados pelo Governo não são bem empregados

Oito em cada dez brasileiros acreditam que o governo já arrecada muito e não precisa aumentar os impostos para melhorar os serviços públicos.

15/07/2016 07:38

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Pesquisa aponta que maioria dos brasileiros acredita que impostos arrecadados pelo Governo não são bem empregados

Pesquisa aponta que maioria dos brasileiros acredita que impostos arrecadados pelo Governo não são bem empregados

Douglas Ribeiro 

Nove entre dez brasileiros concordam que, considerando o valor dos impostos, a qualidade dos serviços públicos deveria ser melhor no Brasil, segundo a pesquisa “Retratos da Sociedade Brasileira – Serviços públicos, tributação e gasto do governo”, realizada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI). Os brasileiros consideram que os tributos no país são altos e vêm crescendo, e essa percepção tem se aprofundado com o tempo. O percentual que considera os impostos no Brasil muito elevados passou de 44% em 2010 para 65% em 2016, e aqueles que consideram que os impostos vêm aumentando muito passaram de 43% em 2010 para 83% em 2016.

“O conjunto de receitas do Governo advém dos impostos e taxas que a gente paga. Na verdade, a arrecadação é utilizada para todas e quaisquer atividades do governo da manutenção da área pública a oferta dos serviços”, explica o economista Fernando Perobelli. Oito em cada dez brasileiros acreditam que o governo já arrecada muito e não precisa aumentar os impostos para melhorar os serviços públicos. Além disso, 70% concordam que a baixa qualidade dos serviços públicos é mais conseqüência da má-utilização dos recursos do que da falta deles.

O economista afirma que o que gera a insatisfação da população brasileira é o retorno baixo da arrecadação. “Pagamos muitos impostos o retorno é baixo. Acabamos não vendo o resultado”, destaca. Exemplificando o caso, Perobelli usa a área da saúde. A população faz a sua contribuição e ao utilizar o Sistema Único de Saúde, depara-se com uma situação precária e, no final, para ter acesso à saúde de qualidade, utiliza-se o plano de saúde. “No geral, a qualidade não retorna para a população. Não tem retorno dos serviços fornecidos pelo Governo”, conta.

Perobelli ainda faz uma análise sobre as horas trabalhadas para efetuar o pagamento de todos os impostos. “O brasileiro trabalha 151 dias para pagar os impostos. Os dinamarqueses, 176 dias; os franceses, 171 dias; sueco, 166 dias. Nesses países, eles pagam mais, mas o retorno é maior. Sobre esse aspecto podemos dizer que, no Brasil, não é adequado, por conta da oferta”, explica.

O professor Giovanni Verazzani acredita que as cobranças de impostos nos países não são justas. “Pelo que sei, pagamos muitos impostos sob consumo, desde a caneta na papelaria até serviços e bens mais duráveis como carro. Ou seja, quem vive de salário mínimo paga os mesmos impostos sobre os mesmos produtos de quem recebe dez salários mínimos, por exemplo”.

Outro ponto problemático para Verazzani é a arrecadação do imposto de renda, que, para ele, incide mais na classe média. “A pirâmide de cima dispõe de inúmeros mecanismos para não pagar impostos, além da sonegação. A classe mais pobre fica isenta, o que eu acho justo, enquanto isso, a classe média ‘Paga o pato’”, considera.

Para Verazzani, sobre o emprego dos impostos em serviços públicos até há retorno, porém não é efetivo. “No repasse da União para os estados e municípios há desvio, desonestidade”, finaliza.

Fonte: Diario Regional

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