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Golpistas usam documento de vítimas para abrir empresas fantasmas em SP

A Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp) registrou, entre janeiro e julho deste ano, ao menos 155 casos de pessoas que tiveram empresas abertas em seus nomes sem tomarem conhecimento.

19/08/2016 10:14

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Golpistas usam documento de vítimas para abrir empresas fantasmas em SP

A Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp) registrou, entre janeiro e julho deste ano, ao menos 155 casos de pessoas que tiveram empresas abertas em seus nomes sem tomarem conhecimento. O número representa um aumento de 55% no número de vítimas de golpes do tipo, na comparação com o mesmo período de 2015.

A desempregada Maria das Graças Muniz Dantas foi uma das vítimas deste golpe. Ela só ficou sabendo que tinha uma empresa quando foi demitida do emprego de vendedora e foi ao Poupatempo para pedir o seguro desemprego. Lá, teve o benefício negado porque seu nome estava bloqueado no sistema.

"Porque eu tinha renda própria e um CNPJ, só que eu não conheço. Desconheço esse CNPJ e essa firma". Maria se mostrou revoltada com o fato de que os criminosos só precisaram de uma cópia do documento para aplicar o golpe. Não precisaram sequer reconhecer a assinatura. "Quando foi pra mim casar, foi a maior burocracia". 

Maria contou que fez um boletim de ocorrência na Polícia Civil e foi atrás de todos os documentos para provar que jamais abriu empresa alguma. A Jucesp, no entanto, estipula um prazo médio de 45 dias para investigar e comprovar que o CNPJ foi aberto por meio de fraude.

A firma aberta no nome de Maria se chama Galaxya Comércio Atacadista. O endereço que consta no cadastro é o da Rua Potsdan, na Vila Hamburguesa, na Zona Oeste da capital. O numeral 142 informado na documentação, porém, não existe. Moradores da região ouvidos pela equipe do SPTV também disseram nunca terem ouvido falar na empresa.

De acordo com advogado Flávio Pascoal Júnior, a primeira coisa a se fazer em crimes como este é registrar um boletim de ocorrência. Depois, a vítima deve consultar se está com o nome sujo na Receita Federal, no comércio ou nos tabelionatos da capital. Segundo ele, criminosos buscam abrir estas empresas para justamente contrair dívidas.

Fonte: G1

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