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Esquemas de corrupções já causaram prejuízo de R$ 29 bi em 2016

Levantamento foi feito com base em dados oficiais da Polícia Federal e não considera os montantes apurados pela Operação Lava-Jato.

18/10/2016 10:23

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Esquemas de corrupções já causaram prejuízo de R$ 29 bi em 2016

De acordo com um levantamento feito pela rádio CBN, os esquemas de corrupção investigados pela Polícia Federal já resultaram um prejuízo de R$ 29 bilhões em 2016.

Para elaborar esse estudo, a rádio usou como base as informações oficiais divulgadas pela PF em seu site. Mas não foram considerados os desvios da Operação Lava-Jato.

Deste montante, a maior parte – R$ 500 milhões – é proveniente de fraudes em benefícios previdenciários do INSS.  Esse tipo de esquema, inclusive, foi o que contou com o maior número de ações da Polícia Federal: 27 até outubro.

De acordo com o ex-ministro chefe da Controladoria-geral da União (CGU), Jorge Hage, o ideal seria um maior investimento em melhorias nos mecanismos de controle do INSS.

“Não há nenhuma dúvida de que o governo poderia e deveria investir muito mais em equipar e preparar os órgãos de controle. De modo que não tenha dúvida que um investimento maior nisso, aprofundando o controle, geraria uma economia geometricamente muito maior do que isso custaria, argumenta.

Aumento de operações

O montante expressivo registrado até o momento deve-se, em parte, ao maior número de operações especiais realizadas pela Polícia Federal. Segundo aponta o próprio órgão, já foram 490 até outubro – média de duas operações especiais por dia. Para se ter noção, foram realizadas 516 em todo o ano de 2015 e, em 2011, apenas 252.

Além de aumentar o número de investigações, a Polícia Federal está trabalhando para melhorar a qualidade das investigações. Ao menos é o que garante o diretor da corporação, Leandro Daiello. 

Mais do que a quantidade, nós estamos preocupados com a qualidade da investigação. Ter um padrão de investigar, ter uma qualidade na produção da prova, para que não se cometam injustiças e para que se tenha a certeza de que aquelas pessoas investigadas e as provas produzidas deixem claro o seu envolvimento ou não”, aponta.

Poderia ser ainda maior

De acordo com Carlos Sobral, presidente da Associação dos Delegados da Polícia Federal, o valor total investigado poderia ser ainda maior. Entretanto, isso não foi possível pela falta de efetivo da PF.

Temos hoje 491 cargos vagos, já se aposentaram e já saíram da Polícia Federal, e mais 400 que vão se aposentar nos próximos três anos. Se não realizarmos concurso agora em 2017, nem em 2020 vamos conseguir recompor esses quase mil cargos de delegados vagos, que nos levará ao efetivo que tínhamos nos anos 2000″, lamenta Sobral. 

Ele também citou o período dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Durante o evento, diversos delegados e agentes foram deslocados para atuar na segurança. Por conta disso, várias operações ficaram paradas.

Operação Greenfield

Entre todas as ações realizadas em 2016, a Operação Greenfield foi a que apurou o maior volume desviado. Realizada em setembro, a operação estimou R$ 8 bilhões em prejuízo provocado para os quatro maiores fundos de pensão do país: Funcef (dos funcionários da Caixa), Petros (da Petrobras), Previ (do Banco do Brasil) e Postalis (dos Correios).

Fonte: Grupo Skill

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