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Empresa é condenada a indenizar funcionária apelidada de 'Free Willy'

Juíza considerou que houve assédio moral por parte do superior da vítima. Empregada diz que colega não deu kit de Natal por ela ser 'morta de fome'.

27/10/2016 14:48

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Empresa é condenada a indenizar funcionária apelidada de 'Free Willy'

Empresa é condenada a indenizar funcionária apelidada de Free Willy, em Mineiros, Goiás A empresa de alimentos BRF foi condenada a pagar R$ 5 mil de indenização após uma funcionária ser apelidada de "Free Willy", em referência à orca que aparece em um filme de mesmo nome.

O Tribunal Regional do Trabalho de Goiás considerou que houve assédio moral por parte do superior da vítima. A funcionária, que trabalha em uma unidade da empresa em Mineiros, no sudoeste do estado, disse que sofria constantes humilhações, sendo chamada por um superior de Free Willy, baleia e betoneira. Além disso, ela relatou que, em 2014, uma colega se recusou a lhe entregar o kit de Natal dado a todos empregados, chamando-a de “maranhense morta de fome”. Em nota, a BRF S.A informou ao G1 que abriu uma sindicância interna para apurar as circunstâncias do ocorrido.

Testemunhas ouvidas pela Justiça também relataram que ouviam o superior da seção onde a vítima trabalhava ofendendo-o para outros funcionários, usando os apelidos pejorativos. Na decisão, a juíza Ana Terra Fagundes Oliveira Cruz pontua que a ação contra a empresa “não se cuida de intriga ou suposta briga entre a reclamante e seus superiores. Trata-se na verdade de conduta abusiva, de natureza psicológica [...], caracterizando o assédio moral”.

A juíza considerou ainda que a conduta do superior e de uma colega de trabalho, apontados como as pessoas que ofendiam a funcionária, era incompatível com o local de trabalho e que nada foi feito para coibir a humilhação. A empresa chegou a recorrer da sentença, mas foi negado pelo desembargador Daniel Viana Júnior. Ele alegou que a empresa se limitou a citar jurisprudências e conceitos doutrinários, não analisando em nenhum momento as provas orais presentes no processo.

Fonte: G1

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