x
Uma nova IOB agora com Inteligência Artificial

Trabalhista

Escritório muito frio ou quente pode gerar cansaço e problemas de saúde

Este assunto é tão importante nas dependências das empresas, e na convivência diária dos funcionários dentro delas, que a Anvisa se pronunciou a respeito! Vejam.

23/11/2016 10:11

  • compartilhe no facebook
  • compartilhe no twitter
  • compartilhe no linkedin
  • compartilhe no whatsapp
Escritório muito frio ou quente pode gerar cansaço e problemas de saúde

A temperatura no ambiente de trabalho durante o verão deve ficar entre 23º C. a 26º C. segundo resolução da Anvisa. Mas quem disse que essa norma acabou com as disputas entre funcionários friorentos e calorentos pelo controle do ar-condicionado? Em busca do próprio conforto térmico, há quem desligue os aparelhos sem abrir as janelas ou abaixe a temperatura ao mínimo possível. Isso pode desequilibrar o clima e levar a extremos causando infecções respiratórias, alergias e queda no rendimento.

O conforto está relacionado ao equilíbrio do corpo humano. Um ambiente de trabalho agradável deve ter a temperatura de acordo com a norma, uma renovação de ar frequente e umidade de, no mínimo, 40%”, explica o médico Kleber José Campos, conselheiro científico da APMT (Associação Paulista de Medicina do Trabalho).

Suor, irritação, falta de disposição e saídas constantes para “tomar um ar” são situações bastante conhecidas pelos calorentos. A endocrinologista Laura Ward, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, explica que espaços muito quentes, assim como os muito frios, geram um gasto energético no corpo para que ele se adapte à temperatura externa. Neste caso, com a transpiração.“Com isso, sobra menos energia para outras funções do organismo, afetando aquelas ligadas ao sistema nervoso central como a concentração”, explica.

Desligar ou ligar o ar-condicionado sem consultar os colegas, além de não ser educado, pode prejudicar a imagem de um funcionário na empresa, afirma Maria Aparecida Araújo, especialista em comportamento profissional e dona da consultoria Etiqueta Empresarial. “O comportamento perante as situações mostra que tipo de profissional você é. Quem adapta a temperatura a si mesmo mostra egoísmo, rigidez e falta de adaptabilidade”, diz. “Por outro lado, aquele que sente frio ou calor e se protege mostra altruísmo, tolerância e resiliência, qualidades valorizadas no mercado”, acrescenta.

Outro comportamento que pode ser negativo para o funcionário é reclamar o tempo inteiro sobre o clima. Segundo Araújo, é preciso ter uma certa discrição e não ficar se abanando ou esfregando o braço para se aquecer. “Ninguém tem culpa se você saiu de casa com a roupa errada.”

O diálogo é fundamental antes de fazer qualquer alteração, ressalta Yeda Moraes de Camargo, especialista em comportamento organizacional da Universidade Presbiteriana Mackenzie. “O incômodo é geral? As pessoas concordam com a mudança? É preciso fazer essas perguntas”, afirma. A participação do chefe na negociação nem sempre é fundamental, diz. “Há situações que podem ser resolvidas com conversa entre os colegas e não precisam ser levadas ao gestor”. Mas ela defende que chefes peçam sugestões aos funcionários.

Por: Júlia Zaremba em 13/11/2016.

Fonte: Folha de São Paulo

Leia mais sobre

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

ARTICULISTAS CONTÁBEIS

VER TODOS

O Portal Contábeis se isenta de quaisquer responsabilidades civis sobre eventuais discussões dos usuários ou visitantes deste site, nos termos da lei no 5.250/67 e artigos 927 e 931 ambos do novo código civil brasileiro.