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Em meio à reforma da Previdência, planos privados querem dobrar de tamanho

Planos privados estimam conseguir adesão de 3 milhões de servidores públicos, diz associação; Abrapp apresentou plano de fomento ao governo para evitar que reservas estejam esgotadas em 2034.

30/01/2017 15:00

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Em meio à reforma da Previdência, planos privados querem dobrar de tamanho

Dados da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) mostram que em 5 anos cresceu 19% o número de participantes ativos e 3,3% o de planos de benefícios. Segundo Luís Ricardo Martins, presidente da Abrapp, se esse ritmo de crescimento for mantido, o estoque dos ativos do setor estará esgotado em 2036.

Para ele, o sistema de previdência complementar está estagnado. Por isso, a entidade apresentou um plano de fomento ao Congresso em setembro do ano passado para estancar o processo de desinvestimento das reservas do setor. A grande aposta, segundo Martins, é conseguir a adesão aos planos de previdência privada de 3 milhões de servidores públicos, que pela reforma proposta pelo governo deixarão de receber a aposentadoria integral.

Martins afirma que há ainda potencial de adesão de outras 3 milhões de pessoas que fazem parte da população economicamente ativa e de 500 mil funcionários que não aderiram aos planos de previdência privada oferecidos pelas empresas. Além disso, ele aposta na adesão do público jovem e de trabalhadores pessoas jurídicas, como gerentes e advogados.

Atualmente, segundo a Abrapp, há 2,5 milhões de pagantes, 700 mil aposentados e pensionistas e 3,9 milhões de dependentes, somando cerca de 7,1 milhões de pessoas dentro da previdência complementar no país.

Contribuição mínima

Além de aumentar o número de participantes, Martins defende que seja instituída uma contribuição mínima para o plano de previdência complementar, sem que seja necessário abdicar do regime de repartição simples, em que os mais jovens pagam pela aposentadoria dos mais velhos. “As pessoas estão envelhecendo mais e muito rápido. Assim, haveria um pilar de capitalização para compensar essa defasagem”, diz.

Em março, a entidade apresentará uma proposta que estabelece a adesão automática dos empregados no plano de previdência de privada das empresas, com a possibilidade de o funcionário não querer participar. “500 mil pessoas já poderiam estar protegidas com o patrocínio da empresa e não entraram na previdência complementar”, afirma.

Sobre o esgotamento das reservas do setor, Martins garante que quem está dentro da previdência complementar não ficará descoberto. “A Abrapp monitora os dados do setor e notou-se que o sistema não está crescendo. R$ 36 bilhões de benefícios estão sendo pagos, mas precisamos criar mais poupança de longo prazo para as novas gerações que vêm aí, e esse plano de fomento é justamente para isso”, diz.

Atualmente há 307 entidades fechadas de previdência complementar e dentro delas há 2.692 empresas patrocinadoras, que oferecem 1.105 planos de benefícios previdenciários no país. O total de ativos é de R$ 763 bilhões. A previdência complementar paga hoje R$ 36,5 bilhões em benefícios previdenciários.

Fonte: G1

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