A economia brasileira se recuperou fortemente da recente recessão global e a previsão é de que o PIB (Produto Interno Bruto) do País continue a crescer, mas em ritmo mais lento. A avaliação foi realizada pela agência de classificação de risco Standard & Poor's, por meio do estudo "Métricas de Crédito de Mercados Emergentes: Brasil tem mostrando tendência de rating positivo", publicado nesta segunda-feira (27).
Para os economistas da agência, o PIB nacional crescerá 2% este ano e 3,5% no próximo ano, e permanecerá descolado da recessão da Zona do Euro e da estagnação global. Em 2011, a economia doméstica evoluiu 2,7% e, em 2010, 7,5%. "As empresas brasileiras têm registrado forte desempenho, apesar da crise mundial e do estresse na Europa", disse Diane Vazza, da Standard & Poor's Global Fixed Income Research.
Segundo ele, atualmente 34% das empresas do País têm grau de investimento, um incremento de 23% na comparação com a classificação realizada no final de 2009. "Há seis anos, os aumentos de notas das companhias nacionais têm excedido os rebaixamentos, resultado bem melhor se comparado à quantidade de reduções de classificações externas", acrescentou.
O cenário nacional também é melhor quando comparado ao da América Latina, conforme diz o relatório. Segundo a análise, não houve default entre as companhias nacionais em 2010 e em 2011. Neste ano, contudo, quatro empresas brasileiras relataram default, aumentando a taxa para 3,57% ante os 2,44% da região da América Latina e do Caribe, conforme dados do último dia 31.
De acordo com Diane, no ápice da recessão mundial, em 2008, havia o registro de uma redução para cada cinco elevações de notas no País, enquanto no saldo global havia mais de três rebaixamentos para cada aumento.
Fonte: InfoMoney por Tatiana Fernandes Gurjão