Todos são iguais perante a lei – Art. 5º CF. Começo este artigo, com um questionamento aos meus colegas profissão contábil: Quem de vocês conhece um fiscal Federal, Municipal ou estadual que seja contador? A resposta que creio que a grande maioria ou a totalidade vai falar é que não conhece, não que queremos menosprezar a capacidade de ninguém, mas nessa idas e vindas em diversas repartições , sempre procurei conversar com o pessoal ligado a fiscalização e descobri médicos os “que estão faltando no mercado”, diversos professores de educação física, veterinários, concurseiros profissionais e mais uma gama de pessoas que não fizeram formação ou especialização nas atividades que hoje ocupam em fiscalização.
Como exemplo, hoje temos algumas situações na Receita Federal, INSS, BNDES, que não tem pé nem cabeça, muita tese pra pouca operacionalidade, será que os “concursados” que nunca viram uma essência financeira, contábil e legal, não influenciam nestas situações, causando a burocracia governamental.
Vamos ao ponto bom do corporativismo, não existe delegado, juiz, procurador ou desembargador que não seja advogado e na área médica também isto ocorre nos altos escalões da saúde, justíssimo, não se coloca quem é leigo em pontos que tenham que ter pessoal especializado. O que ocorre com nós profissionais de contabilidade é que não temos este reconhecimento nas atividades inerentes aos órgãos que diretamente atuamos, hoje me sinto um auditor fiscal não remunerado sem benefício nenhum, um empregado indireto de muitos órgãos governamentais, onde muitas das vezes tenho que debater com um veterinário ”fiscal concursado” com um treinamento público, para atender nós profissionais que entendemos a fundo a questão. Acho que chegou a hora de nós exigirmos um espaço maior nestes concursos, mostrarmos nossa formação, ter no edital aquela frase “ com titulo em contabilidade” ou “serão destinados x percentual de vagas...”, por isso falei do “Art. 5º - item XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. Aproveitemos a maré de mudanças, e pleitearmos a qualificação profissional nestes concursos, é triste ficar debatendo com concurseiros matérias que nem nas suas formações tiveram conhecimento que existia, infelizmente nossa profissão dificilmente nos permite estudar para concorrer de igual com esse pessoal, por isso pensemos em mudar para o bem dos profissionais que querem abraçar nossa profissão e ter do outro lado do balcão alguém que realmente saiba e faça dar maior fluidez por conhecimento da causa os processos burocráticos deste nosso país.
