Em 1973 organismos profissionais de contabilidade de 10 países, com o objetivo de formular e publicar de forma independente um novo padrão de normas contábeis, criaram o International Accounting Standards Committee (IASC). O IASC foi criado na forma de Fundação Independente Sem Fins Lucrativos com recursos próprios provenientes de contribuição de várias organizações internacionais. As normas publicadas por este órgão eram chamadas de International Accounting Standards (IAS) e apesar de terem sofrido várias alterações ao longo do tempo, diversas IAS ainda estão em vigência.
Em todo o mundo grande parte dos países já adota a IFRS, entretanto há vários graus de adoção. Fala-se que no Brasil a adoção é de 90% das normas internacionais, na China, por exemplo, esta adoção é bem menor. Geralmente as diferenças dos procedimentos locais para os internacionais são grandes e geram impacto fiscal e isso é um problema determinante para que os países não adotem a IFRS por completo.
No Brasil com a publicação da Lei 11.638/07 que realizou os primeiros ajustes necessários, alterando e revogando dispositivos da Lei 6.404/76 (Lei das S/A), deu-se início a implantação das normas internacionais. Por se tratarem de normas emitidas fora do ordenamento brasileiro e, portanto, para respeitar as relações do direito internacional e o direito interno, o Conselho Federal de Contabilidade através da Resolução nº 1.055/05 criou o Comitê de Pronunciamentos Contábeis como uma entidade autônoma com o objetivo de estudar, preparar e emitir Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos contábeis sempre convergindo a contabilidade brasileira às normas contábeis internacionais.
Na prática os pronunciamentos do Comitê têm a finalidade de validar os procedimentos internacionais no ordenamento jurídico brasileiro. Atualmente já são mais de 46 pronunciamentos do Comitê e mais 6 orientações que devem ser estudadas e respeitadas no exercício da função do contador em todas as empresas, sejam elas de grande, médio ou pequeno porte.