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Crônica - As cadeiras Passageiras do Poder.

Tenho verdadeira obsessão em descobrir de onde vem o poder das pessoas nas empresas.

18/08/2014 08:09:28

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Crônica - As cadeiras Passageiras do Poder.

Tenho verdadeira obsessão em descobrir de onde provém o poder das pessoas nas empresas. Não só das empresas públicas ou privadas, das grandes ou das pequenas. Quem ou o quê investe a um ser humano o poder de decidir entre caminhos diversos, entre continuar ou interromper, entre demitir ou admitir. Não procuro o mérito das decisões, se são certas ou erradas, mas aquela “varinha de condão” que dá extraordinários poderes ao seu possuidor. Nem tampouco busco os segredos das decisões colegiadas. Para mim sempre haverá alguém que, consciente ou não, dará ou influenciará a última palavra.

O que muda na pessoa de um CEO, quando sem justa causa, é demitido?

Em que criatura horripilante se transforma um correto profissional desligado sumariamente?

E aquele diretor-executivo que tinha livre acesso a tudo e a todos, na empresa há anos, e de repente perde acesso a tudo e a todos. A começar imediatamente com: bloqueio dos e-mails, proibição de acesso ao sistema, devolução do celular corporativo, devolução do carro, paralisação do plano de saúde, a perda de bônus, dos 15 salários, da secretária, do motorista, das viagens em executiva e, o mais frustrante, ter que se identificar na portaria quando retornar para o acerto de contas. O que fica é a impressão de que o executivo demitido, de repente, adquire uma doença transmissível fatal que poderá destruir toda a organização se permanecer mais umas horinhas na empresa.

O que mudou? A pessoa e o profissional continuam os mesmos. Para onde foi o seu poder que até a um minuto atrás lhe pertencia?

A minha tese é: O PODER EMANA DA CADEIRA EM QUE SE SENTA.

Você meu Leitor poderá lembrar que, quanto mais alto o cargo, mais confortáveis as cadeiras.  Na próxima vez que for visitar uma empresa, observe. Manda mais quem melhor cadeira tiver. Se você se deparar com uma pessoa sentada em um trono, mesmo que não muito parecido com o de Game of Thrones, lembre-se que quem manda lá sentado está, porém nada é para sempre. É da dinâmica do poder.

Agora, cá entre nós, as empresas poderiam ter um pouquinho mais de consideração àqueles profissionais que se dedicaram por tantos anos a elas, não é mesmo?

Sei também que nem todas agem dessa forma. Ainda bem.

E amanhã, você pretende estar sentado em que cadeira?

Prof. João Eugênio Manetti Contador, Especialista em Controladoria de Empresas, IFRS e IFM Certificated

 

 

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