- Gostamos do jogo limpo, o que achares que está errado ou se tiveres novas idéias, nos comunique, vamos aprender juntos! Ok?
Todos nós já ouvimos isso. Mas apartir de quando isso é verdade? Apartir de quando isso faz sentido? Sabemos que isso faz parte de um vocabulário completamente engessado na maioria das vezes, são palavras que já estão no "script" dos pseudo líderes aplicado por gerentes que nada mais são do que chefes. Os chefes não ouvem, apenas mandam!
O tempo passa, você observa, aprende a conhecer mais a organização, os colegas, os setores, os métodos aplicados e chega a inúmeras conclusões e soluções para algumas dificuldades e problemas encontrados no desenvolvimento das atividades. É então que você lembra do primeiro dia, do sorriso do gerente lhe desejando e ofertando "portas abertas" para novas idéias. Você decide oferecer tais idéias e o que ganhas: Porta na cara! Falta de tempo, desatenção. Não se surpreenda, isso acontece quando temos CHEFES.
São exigidos em anúncios a pró-atividade, dinamismo, flexibilidade, mas quando tentamos aplicar todos esses adjetivos , somos podados! Porquê? A resposta é muito simples: É porque somos mal gerenciados.
Dentro dessa má gerência a qual afeta diretamente a empresa, temos os surdos da conveniência burra, ou seja, são os chefes centralizadores, amedrontados com as inovações, ignorantes e egocêntricos. Um exemplo simples, é aquele que sempre põe a culpa no software dizendo, " isso não funciona", " antes, quando fazíamos manualmente funcionava" , "que tempo bom era aquele". Esse tipo de pensamento é o pensamento mofado de muitos, muitos com carreiras estagnadas, sem perspectivas de crescimento profissional, presos ao passado, mortos para o mercado competitivo , desconhecem o ditado popular utilizado pelos jovens de hoje, que " a fila anda". Nessa conveniência burra acham que estão se preservando, mantendo sua imagem e "status" de o "Super chefão", quando na realidade estão afundando setores e organizações.
Temos também os surdos da incompetência, são aqueles que acham que são líderes mas não tem a postura adequada de um, não têm preparo para exercer tal função e são conhecidos como "burros motivados". Esses muitas vezes além de serem surdos também fazem questão de adotar a cegueira, como exemplo basta ligarmos a televisão ou vermos as manchetes de jornais. No entanto, as duas formas de surdez são estupidamente semelhantes, pois ambas se escondem atrás do despreparo, medo, insegurança, ignorância e egocentrismo.
A questão é : Até quando você irá gritar para ser ouvido? Para o colaborador talvez a necessidade durante algum tempo vença a insatisfação de não ser ouvido e ele pode gritar, berrar e espernear por muito, já para o mercado, esse grita poucas vezes e se não for ouvido, o que se fecha não são os ouvidos e sim as portas da organização.
Portanto, pense, pense muito!
Você tem ou é na sua empresa um líder ou um chefe surdo??
Rodrigo Rodrigues
Freitas
CRC/RS 70.097
Graduando em Gestão de Recursos Humanos.