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Conceitos Contábeis Seqüenciais Relativos ao Crédito

19/11/2006 00:00:00

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Conceitos Contábeis Seqüenciais Relativos ao Crédito

Os conceitos progridem no tempo e acomodam-se a circunstâncias.
Isso sucede porque são mutáveis as situações que ensejam as observações, estas que são matrizes conceituais.
Os referidos como expressões do pensamento que são, acomodam-se aos ambientes a que servem desde o vulgar comum, ao de grupos de pessoas, tecnológicos, científicos, filosóficos, seja aonde possam ser buscados.
O científico deve condicionar-se ao seu nível, ou seja, superior, mas, sem perder a qualidade do entendimento.
Aumenta ainda mais a responsabilidade conceitual quando além de científico exigível se faz prestar utilidade a leigos.
Na ânsia de expressar idéias, todavia, surgem imprecisões e sofisticações que nem sempre se consagram e que em vez de auxiliarem passam a criar imprecisões de entendimentos quando traem o idioma.
Assim está a ocorrer com a verdadeira catadupa de impropriedades que está a contaminar a Contabilidade com as traduções de termos anglo-saxônios.
Tal fato além de distúrbio é aético.
Isso porque a riqueza do idioma português dispensa subserviência cultural, esta que é pior que a escravidão por aprisionar a mente por abdicação de liberdade, enquanto aquela só o faz em relação ao corpo.
No campo contábil, por exemplo, em matéria dedicada a questões redituais, é preciso que pelo menos bem se elucide sobre o que se pretende dizer a respeito de cada um dos componentes do sistema (custos e receitas).
Tão importantes são os conceitos originários como o são os derivados, seqüenciais e interativos e embora tradicionais começam a ser corrompidos.
Passo a exemplificar.
Custo, Receita, Lucro fazem parte de um sistema definido e a Prosperidade deste vem a defluir.
Logo, imprescindível é que estejam bem ligadas as idéias e que estas se expressem de forma objetiva, coerente e clara.
Assim, por exemplo, por "Custo de conveniência", neologismo contábil (não se encontra na literatura tradicional) tem-se procurado expressar a idéia de um valor a ser conseguido na produção de um artigo ou serviço que possa satisfazer a necessidade de formação de um preço competitivo ou eficaz.
Melhor, portanto, seria dizer "Custo de conveniência mercadológica", pois, além de completar a idéia, proteger-se-ia a expressão quanto ao sentido vazio que pudesse gerar, diante de uma pergunta: "conveniência de que ou de quem"?
Não é, no caso, apenas uma falha semântica, mas, de expressão de fenômeno (falha que não é só da Contabilidade, mas, freqüente em muitos ramos, inclusive de ciências mais antigas que as Humanas).
O então "custo de conveniência mercadológica", sendo um "custo eficaz", a este seria requerido igualmente conceituar.
Por indução é de admitir-se que "Custo eficaz" venha a ser o que possibilita a produção de lucro que remunere adequadamente o investimento, através, também, de uma "Receita eficaz", ou seja, a que venha a satisfazer plenamente a produção do lucro, por superação dos custos.
Isso implica entender por "Receita eficaz" a que tem a competência de ressarcir a empresa de seus custos e deixar margem para ensejar o "Lucro eficaz".
Seqüencialmente, no processo lógico de uma terminologia, necessário seria, também, conceituar como em decorrência o "Lucro eficaz", ou seja, aquele que permite à empresa a "Prosperidade".
Chegando-se assim ao fim de uma linha conceitual só restaria entender como "Prosperidade", uma eficácia absoluta de forma constante e sucessiva, ensejando a elasticidade ou crescimento do capital da empresa.
No caso, em sentido amplo, se englobaria a idéia de que a ponta da linha dessa cadeia de idéias sugere entender a da "Vitalidade Patrimonial", associada a uma constante perseguição da redução dos riscos.
Esse encadeamento de razões e relações lógicas é o que enseja outra seqüência: a dos teoremas científicos em Contabilidade, estes que são as bases que apóiam as teorias, estas que sustentam modelos de comportamentos da riqueza e empresta qualidade científica ao conhecimento.

Antônio Lopes de Sá

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