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Empregados, Funcionários ou Colaboradores: qual você quer ter em sua equipe?

O artigo aborda a evolução e as diferenças, entre os empregados, funcionários e colaboradores dentro das empresas.

04/07/2017 13:10

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Empregados, Funcionários ou Colaboradores: qual você quer ter em sua equipe?

Na época em que comecei a trabalhar, cerca de 30 anos atrás, eu e todos os meus colegas de trabalho, éramos chamados de empregados da firma.

Tempos depois, começaram a nos chamar de funcionários da empresa.

O tempo passou mais um pouco e atualmente, a grande maioria dos funcionários são denominados colaboradores.

Por vezes, me peguei pensando se não seria tudo a mesma coisa.  Se para os trabalhadores não daria no mesmo, serem chamados de empregados, funcionários ou colaboradores, desde que os salários fossem pagos corretamente.

Hoje um pouco mais experiente, vejo que nunca foi e nunca será a mesma coisa.

O caminho evolutivo entre o empregado e o colaborador foi longo e árduo.

As empresas antigas (e algumas atuais) viam (e algumas ainda veem) os EMPREGADOS, como parte de uma engrenagem necessária ao processo. Esse processo por sua vez, deveria beneficiar primordialmente os donos da empresa. A maioria dos empregados fazia somente o que lhe era atribuído, recebia mensalmente seu salário e ia para casa, cuidar de suas famílias.

Em contrapartida a pouca atenção dada aos seus interesses (o benefício praticamente se resumia ao salário pago), os empregados não estavam lá, muito preocupados em desenvolver melhorias que agilizassem os processos empresariais. Muitos até evitavam essas melhorias, com medo de perderem seus empregos.

E assim seguiu a humanidade, até virem os FUNCIONÁRIOS.

Um avanço importante (nesse caso, financeiro) que marcou a passagem dos empregados para os funcionários, é que os funcionários começaram a receber mais benefícios das empresas, coisa que os empregados pouco desfrutaram. Cabe ressaltar, que a maioria dos benefícios recebidos pelos funcionários, foram impostos às empresas, pelos sindicatos e/ou leis trabalhistas.  Independente da obrigação, a maioria das empresas cumpriu as imposições e ofereceu, o que na época foi chamado de “regalias”,  a seus funcionários.

Apesar de parte das empresas se mostrarem reticentes a oferta de benefícios, o retorno positivo dessa atitude pôde ser observado em seus processos, pois os funcionários começaram a fazer pela empresa, um pouco além do que lhes era demandado.  

Para realizar essas tarefas mais extensas, muitos funcionários começaram a se qualificar, e em consequência dessa nova qualificação trouxeram, mesmo que timidamente, melhorias nos processos das empresas.

Em suma, os funcionários “funcionavam” e ainda “funcionam” melhor que os empregados.

Mais um salto no tempo e chegamos a época atual: a era dos COLABORADORES.

Ah, estes sim, o sonho de qualquer patrão, chefe ou líder.

Diferente do funcionário (que simplesmente funciona), o colaborador, além de funcionar, colabora para o desenvolvimento de todo o processo no qual é inserido.

Colaborador é a pessoa que participa e discute o processo, e não apenas o segue. É a pessoa que se interessa pelo negócio da empresa como um todo,  não se limitando a fazer apenas sua “parte”.

Colaborador é o sujeito, que mesmo não tendo participação nos lucros da empresa, tem interesse genuíno em seu crescimento, pois acredita que o sucesso da empresa, impacta diretamente em seu sucesso profissional.

O verdadeiro colaborador,  tem ainda, interesse constante em se qualificar e desenvolver novas competências, pois acredita que quanto mais se qualifica, mais pode colaborar.

Percebam que o colaborador tem interesse na empresa, mas em nenhum momento desvincula o crescimento da empresa de seu crescimento pessoal.

Feliz da empresa que realmente possui colaboradores ao invés de funcionários e empregados.

Mas o que fazer para ter na empresa, uma maioria de colaboradores ao invés de funcionários?

Em minha opinião, a primeira coisa é saber distinguir um do outro dentro da equipe.  Em seguida é necessário entender, que ninguém vai querer ajudar sua empresa a crescer, se sua empresa também não o ajudar a progredir.

E quando falo progredir, não estou falando somente da parte financeira.

 Para um bom colaborador, progredir significa receber da empresa reconhecimento pelos serviços prestados. Reconhecimento que pode vir na forma de elogios, bonificações, cursos de desenvolvimento profissional, promoções ou até de pequenos gestos que demonstrem ao colaborador, sua importância dentro da organização. O colaborador quer e precisa, ter voz e vez dentro da empresa.

Afinal, como diria um amigo meu, do que adianta ter um carro esportivo, se você só pode dirigi-lo na velocidade de um carro popular?

Do que adianta ter pessoas inteligentes e criativas na empresa, se você as mantém isoladas  em seus afazes cotidianos?

Não ofusquem seus colaboradores. Não os afoguem em tarefas repetitivas e superficiais. Reconheça-os, desafie-os, incentive-os.

Procurem os colaboradores escondidos entre seus funcionários, e comecem imediatamente a reconhece-los, antes que eles se lembrem que são “Ferraris” dirigidas na velocidade de “Fusquinhas”.

 

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