Somos diretores diários de um empreendimento, e mesmo sem perceber nós tomamos de hora em hora várias decisões que afetam o desempenho e a sobrevivência deste empreendimento chamado “EU” ou “VOCÊ”.
É óbvio que esse parágrafo acima é uma metáfora que retrata as opções que tomamos em nosso dia a dia e que afetam diretamente e aos que nos rodeiam, as nossas atitudes e decisões para com o nosso corpo, as nossas iniciativas, o nosso comportamento com relação ao nosso trabalho, nosso negócio.
Enfim, para cada decisão que tomamos haverá certamente uma consequência que poderá se mostrar em longo prazo ou imediatamente em algo positivo ou devastador para nossa vida e dos que nos cercam.
Feita esta pequena introdução remeteria essa metáfora ao ambiente de negócios, que como sabemos tem se mostrado implacável com decisões equivocadas, e isso tem tido consequências que tem custado cada vez mais caro às empresas e entidades. E quando me refiro ao “caro” não me refiro apenas a dinheiro, mas perda de empregos, graves avarias em imagem e reputação e até o desaparecimento de empresas de todos os portes e entidades com até então ilibada reputação.
E nesse ambiente de negócios cada vez mais regulado e que a taxa de sobrevivência no mercado é de 55,4% segundo pesquisas do SEBRAE se torna um desafio ainda mais hercúleo ter e ser uma empresa rentável e ética.
Porém a história recente tem nos mostrado que a mudança deste ambiente de negócios vai demandar uma radical mudança na governança das empresas e entidades. E nessa seara não basta ter uma “integridade virtual” ou apenas “no papel”, pois estamos vivenciando na grande mídia grandes grupos e instituições se desmoronando por conta de casos de corrupção e pasme caro leitor, possuíam Programas de Integridade, o chamado Compliance, mas sem qualquer efetividade.
Tais consequências, desencadeadas por atitudes absolutamente equivocadas no passado, forçam tais conglomerados econômicos a uma medida de remediação amarga e que corta na carne seus princípios, qual seja, ao invés de ter optado por novas atitudes no passado trocam de nome, de identidade hoje e para o futuro.
Esse novo modelo de fazer negócios e de escolher os parceiros, clientes e fornecedores certos irão exigir Programas de Integridade efetivos, com um alto grau de envolvimento e comprometimento da alta administração, monitorando seus riscos, não compactuando ou não sucumbindo a casos de corrupção e se mostrando Íntegras de fato.
Desta forma eis a escolha que as empresas e entidades são chamadas a fazer, trocar seus métodos, implantar valores éticos e morais elevados, ter efetividade nos seus programas de Compliance e se tornarem duradouras e prósperas ou sucumbir a medidas amargas no futuro e depois de muito tempo olhar para trás e ver que não valeu a pena!
Luiz Fernando Nóbrega
Sócio na Lopes & Nóbrega Consultoria