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Dinheiro X meu negócio: como saber se estou correndo riscos?

Só ter dinheiro para pagar tudo, guardar um pouco e ir levando não basta - pode ser um fortíssimo aspecto de conformismo que está fazendo você ou sua empresa perder dinheiro. Dicas para analisar melhor o que o seu trabalho está tentando mostrar!

06/03/2018 13:45:03

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Dinheiro X meu negócio: como saber se estou correndo riscos?

Dinheiro X meu negócio: como saber se estou correndo riscos?

É comum que muitos empreendedores analisem seu negócio, seja como autônomo ou empresário, olhando o balanço mensal de forma rápida para somente conferir se deu um lucro bom para manter os negócios funcionando; como se diz popularmente, “mantendo a coisa rodando”. Tem dinheiro para pagar as contas, os funcionários, as despesas pessoais, escola dos filhos, combustível do veículo, supermercado... e ainda guardar um pouco em algum investimento. Assim a vida segue... afinal, foi desta maneira que muitos adultos viram seus pais e pessoas mais velhas seguindo suas vidas profissionais/financeiras.

Só que não... ainda mais atualmente. Este quadro aí em cima é de altíssimo risco. É um cenário muito frequente e pronto para, em algum momento, gerar uma quebra monstruosa porque está alicerçado somente em números frios sem uma análise criteriosa. Não há um pensamento em oscilações e mudanças, algo que faz parte do cotidiano de todas as pessoas, sem exceção.

Isso fica ainda mais grave quando se trata de profissional liberal, o autônomo por excelência: o trabalho está centralizado nesta pessoa, e se ela tiver qualquer problema que inviabilize sua atuação o sistema de geração de trabalho pára e o dinheiro não entra. Por mais que tenha uma equipe de suporte, não consegue dar conta porque tudo ficou em uma única pessoa, sem uma delegação inteligente. Neste quadro é muito frequente que a equipe não seja acionada para inovar até por ser altamente centralizada e controlada. Indo mais além, mesmo que o centro do negócio esteja em plenas condições, poderá estar alienado das mudanças no mercado e vivendo dentro de uma bolha acomodada com seus clientes de longa data. O problema é que todo cliente, por mais antigo que seja, pode decidir mudar de prestador de serviço.

As inovações dão o tom dos novos negócios, e falando especificamente na área contábil, novos modelos de atendimento e prestação de serviços vem vindo oferecendo mais por menos. Sem entrar no mérito da relação de qualidade, vem à tona o conceito de utilidade: será que o tradicional modelo está sendo útil para as novas gerações empreendedoras? É importante lembrar que serão estas empresas as detentoras do capital, do dinheiro – e daí volta a questão do início do texto: como lidar com este cenário para a sua atividade profissional prosperar, crescer financeiramente, se sua empresa faz mais do mesmo?

Sim, a empresa está correndo riscos quando não observa os movimentos dos novos clientes, do novo mercado e se apoia em controles financeiros estáticos, nos quais o sucesso do passado parece garantir o presente; importante entender que o sucesso do passado foi naquele momento, e não há qualquer certeza que possa ser repetido agindo do mesmo jeito de outrora. O dinheiro de resultado do seu negócio pede uma revisão de processos, uma atualização da forma de trabalhar para que seja real e viável o aumento da base de clientes, expansão de negócios, oferta de novas possibilidades para a base já existente. Aqui vai um roteiro prático para analisar o risco do seu negócio:

1. Alta centralização. Se você ou alguma outra pessoa tiver de se ausentar por alguma razão da empresa (ou morrer, ficar doente), a rotina seguirá com qualidade para os clientes? Se a resposta for sim, há um plano de descentralização e delegação, parabéns; se for não, pare tudo e dedique tempo para criar um plano de divisão e delegação de tarefas. Lembre que ninguém é insubstituível. Isso levará para a próxima premissa:

2. Inove, dedique tempo e pesquise os concorrentes. Se o trabalho estiver sob suas costas não há tempo para inovar e analisar o mercado, portanto faça o item 1 e comece a sair da empresa, “sair da casinha” que significa ir além das suas fronteiras. Veja o que concorrentes tem feito sem qualquer preconceito – há quem diga que o trabalho online não é bom e o menospreza, num ato de desconhecimento e orgulho absurdos – e não se trata de copiar, mas entender que há mercado para outras abordagens. Estude, atualize seus conhecimentos não só da área onde atua mas em vendas, marketing, relacionamentos e use isso para ser o melhor vendedor do seu negócio. Isso leva ao próximo passo:

3. Venda. Exatamente isso: venda suas ideias, seu negócio e sua expertise. Médicos vendem o tempo todo seu nome, e por isso é que seus pacientes se referem com orgulho ao seu trabalho. Arquitetos são destacados por seus clientes pelo bom gosto aliado à solução que deram para o ambiente planejado. O mesmo vale para qualquer profissão. O profissional liberal, o autônomo, o empresário que quer dinheiro no bolso, na empresa e nos investimentos gerando resultado para todos que com ele trabalham é acima de tudo um GRANDE VENDEDOR que o tempo todo vende na sua postura, na sua ação nos ambientes por onde passa. Vende na cortesia de aprender mais, buscar a excelência de fato – e não só como um discurso bonito colocado na sala de entrada da empresa.

Lembre-se que o resultado da sua empresa, do seu trabalho e do seu negócio são sua INTEIRA RESPONSABILIDADE. Tire este peso do governo, da economia, da sua família ou dos seus colaboradores e clientes. O negócio é seu.

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