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Cooperativas Reciclagem e a Inclusão Social

24/02/2011 19:21:36

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Cooperativas Reciclagem e a Inclusão Social

Nas ultimas décadas, as questões ambientais passaram a ser discutidas no amplo conceito de Desenvolvimento Sustentável, com uma abordagem realista das necessidades humanas, as quais envolvem dimensões sociais, econômicas, políticas e culturais.

A reciclagem se apresenta como ferramenta essencial para conciliar os avanços da tecnologia com o gerenciamento sustentável dos bens naturais.

A reciclagem gera uma cadeia de benefícios que se estendem do ambiental ao social, tais como: alternativa consistente para o alivio do problema global do acúmulo e destinação do lixo urbano, diminuição da extração de produtos naturais, o consumo de energia e a poluição, nicho de mercado que oferece oportunidades de negócio aliadas a inclusão social e a geração de renda para populações carentes.

Em um mundo globalizado e tão competitivo, o homem está sempre em busca de sua identidade, almeja ter um lugar ao sol, tornar-se cidadão útil, produtivo e participativo, devendo para tanto integrar-se a sociedade na qual está inserido.

Há, no entanto, muitas barreiras para aqueles que pertencem a determinadas raças, para os portadores de deficiências, para os idosos, para os ex-presidiários, entre outros, em relação a estes processos de inclusão.

No sistema Cooperativista, estas barreiras não existem conforme preceitua a Legislação Federal (Lei n. 5.764/71 art. 4º, inciso IX):

As cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas a falência, constituídas para prestar serviços aos associados, distinguindo-se das demais sociedades pelas seguintes características:

- neutralidade política e discriminação religiosa, racial e social;

As Cooperativas de Reciclagem contribuem para a preservação do meio ambiente inclusão social e geração de renda.

Segundo ROTHMAN, em seu artigo intitulado "Brasil Perde R$ 8 bilhões por não reciclar" INFO Online:

Um relatório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado no dia 14.05.10, revela que o País perde R$ 8 bilhões por ano simplesmente por deixar de reciclar. Os cálculos, apresentados no Ministério do Meio Ambiente, mostram que este seria o valor recolhido pelo país caso todo o material reciclável encaminhado para aterros e lixões nas cidades brasileiras tivesse destino correto. Hoje, apenas 12% dos resíduos sólidos urbanos e industriais são reciclados e a coleta seletiva só chega a 14% da população brasileira.

Nesta citação, podemos observar o quanto o Brasil necessita de educação ambiental e informações sobre a Reciclagem, o quanto se perde financeiramente por não reciclar e a imensa oportunidade para a constituição de Cooperativas desse segmento, geração de negócios, inclusão social e geração de renda.

Em dezembro de 2010 através do decreto o qual regulamenta a Lei 12.305/10 que Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada em agosto, acredito que haverá um grande crescimento das Cooperativas de Reciclagem.

Temos muito trabalho pela frente, pois há que se conscientizar a população quanto a responsabilidade sobre a preservação do meio ambiente, auxiliar na constituição destas cooperativas capacitando o seu quadro social e implantando mecanismos de Gestão eficiente e buscando a participação das empresas e órgãos públicos.

Reciclar é um ato de AMOR e RESPEITO à natureza para a sobrevivência de todos.

(*) Ede Maria Reis Ferrão é Contabilista e Gestora de Cooperativas graduada pela UNISUL - Universidade Do Sul de Santa Catarina.

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